Exposição "Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos"  
Exposição

Exposição "Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos"  

Exposição

  • Nome: Exposição "Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos"  
  • Abertura: 16 de outubro 2021
  • Visitação: até

Local

  • Local: Luciana Brito Galeria - Av. Nove de Julho, 5162
  • Evento Online: Não

Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos 

Gertrudes Altschul é sem dúvida pioneira na consolidação da fotografia moderna no Brasil.  Prestes a completar 60 anos desde sua morte, em 1962, a Luciana Brito Galeria, juntamente  com Isabel Amado Fotografia, parceira e representante exclusiva das obras da artista,  apresentam a mostra “Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos”, como parte do programa “Artista Visitante”. A artista tem sido reconhecida atualmente com exposições no Museum of  Modern Art (MoMA-NY), “Fotoclubismo: Brazilian Modernist Photography, 1946-1964”, e no 

Museu de Arte de São Paulo, “Filigrana”, a maior individual já realizada sobre sua obra. A  mostra “Pequenos Formatos” reune mais de 35 pequenas ampliações inéditas e originais  (vintage) da artista, realizadas entre 1948 e 1960, que foram recém-descobertas pela família.  A exposição traça um panorama condizente com a importância da produção da artista e  estabelece um diálogo direto com a arquitetura modernista da antiga residência projetada por  Rino Levi.  

De origem judaica, fugindo do Regime Nazista e do antissemitismo alemão, Gertrudes  Altschul desembarcou no Brasil com a família, estabelecendo-se em São Paulo, em 1939. A  fotografia desde então passou a estar presente na vida da artista, seja nos registros do dia a  dia, seja para auxiliar com os moldes de criação da fábrica da família, de flores ornamentais  para chapéus e adereços. No final da década de 1940, Gertrudes Altschul aproximou-se do  Foto Cineclube Bandeirante, que reunia os protagonistas da fotografia moderna no Brasil,  tornando-se uma das poucas mulheres associadas. Juntamente com Geraldo de Barros,

German Lorca e Thomaz Farkas, a artista passou então a trabalhar em consonância com as  pesquisas experimentais da Escola Paulista de Fotografia, pensando a fotografia como meio  de expressão artística. 

Dona de uma habilidade artística genuína, Gertrudes Altschul era perita na capacidade de  sintetizar, seja na captura do seu objeto pelo olhar, seja pela facilidade com a edição,  processo este que se tornou determinante na sua dinâmica de criação e produção. A partir  da fotografia realizada com uma Câmera Rolleiflex, cujos negativos eram maiores e mais  propícios para experimentação, a artista já definia um recorte retangular específico a partir  da imagem quadrada 6 x 6 original da câmera. Era por meio da manipulação dos ângulos que  ela conseguia selecionar o que mais lhe interessava e potencializar os aspectos gráficos da  imagem. Gertrudes Altschul também era adepta da criação utilizando-se da técnica do  fotograma, um processo de gravação da imagem durante a ampliação, do qual o  posicionamento de objetos sobre o papel fotográfico e a incidência de luz direta, permitia  explorar ao máximo as formas originais dos objetos, cujos resultados podem também ser  vistos na exposição. 

Em sua produção, a cidade de São Paulo, então em pleno crescimento geográfico, econômico  e cultural, tornou-se o cenário perfeito para os experimentos fotográficos, por meio de um  particular interesse pela arquitetura moderna e industrial, que entrava num intenso processo  de verticalização com os novos empreendimentos mobiliários. Sob o ângulo de Gertrudes 

Altschul, a arquitetura e os espaços urbanos, dessa forma, ganham destaque pelos seus  detalhes, onde o enquadramento mais fechado transforma o referencial em abstração  geométrica. A obra “Concreto Abstrato”, parte da exposição e considerada uma das principais  obras da fotografia moderna no Brasil, é um bom exemplo de desconstrução do objeto a partir  do enquadramento, resignificando-o dentro da estética construtivista, então em voga no Brasil  na década de 1950.  

Outro aspecto marcante em sua pesquisa, e único dentro do conceito modernista da época,  foi a utilização de folhagens naturais e motivos botânicos em seus experimentos com a  fotografia. Os padrões orgânicos e geométricos, típicos da vegetação brasileira, direcionavam o olhar de Gertrudes Altschul, que conseguia potencializar seus atributos naturais e padrões  geométricos através da dramaticidade natural da luz e da perspectiva. Respeitando este  conceito, a obra “Filigrana”, que pode ser vista na exposição, está entre as dez fotografias  mais importantes da modernidade em todo o mundo, de acordo com a curadora do MoMA NY e pesquisadora norte-americana, Sarah Meister. 

Gertrudes Altschul 

1904, Alemanha – 1962, São Paulo, Brasil 

De origem Judaica, Gertrudes Altschul chegou ao Brasil em 1939, fugindo do Nazismo e da  política anti semitista alemã, estabelecendo-se com a família em São Paulo. Dona de uma  habilidade artística genuína, não demorou muito a se interessar pela prática fotográfica, seja  para os registros do dia a dia, seja para auxiliar com os negócios da família, fábrica de flores  ornamentais para chapéus e adereços, para a qual realizava os moldes de criação.  

Os elementos do seu dia a dia e da urbanidade da cidade de São Paulo atraíram os interesses  da artista, que se especializou nos registros da arquitetura paulistana e motivos botânicos.  Sua capacidade em sintetizar ia desde a captura do objeto pelo olhar, até o processo de  edição, determinante na sua dinâmica de criação e produção, favorecendo os planos  fechados para diluir o referencial e potencializar as formas geométricas, texturas, luzes e  sombras.  

Uma das primeiras mulheres a trabalhar com fotografia no Brasil, Gertrudes também foi uma  das poucas a fazer parte do Foto Cine Clube Bandeirante, compondo assim o time de artistas  que estabeleceram padrões modernos de uma nova construção estética na fotografia  brasileira, levando a linguagem ao patamar das artes visuais. Atualmente, sua obra pode ser  vista na exposição coletiva “Fotoclubismo: Brazilian Modernist Photography, 1946-1964”, no  Museum of Modern Art (MoMA-NY) e “Filigrana”, mostra individual em cartaz no MASP-SP.  Em 2015, a Casa da Imagem de São Paulo apresentou a exposição “Uma Mulher Moderna – Fotografias de Gertrudes Altschul”, com curadoria de Isabel Amado. Sua obra integra  coleções importantes, como MoMA-NY (EUA), MASP (Brasil), Itaú Cultural (Brasil), dentre  outros. 

 

SERVIÇO

"Gertrudes Altschul: Pequenos Formatos"  

abertura: 16 de Outubro de 2021 das 12:00h às 17:00h 

local: Luciana Brito Galeria – Av. Nove de Julho, 5162 

website: www.lucianabritogaleria.com.br 

horários: Segunda (11h às 18h) - terça à sexta (10h às 19h) - sábado (11h às 17h). 

informações: Daniel Marchezini 

WhatsApp: (11) 97357-6363 

e-mail: daniel@lucianabritogaleria.cpm.br

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