Exposição :"Entre matéria, memória e imagem", individual de Daniela Marton
Exposição

Exposição :"Entre matéria, memória e imagem", individual de Daniela Marton

Exposição

  • Nome: Exposição :"Entre matéria, memória e imagem", individual de Daniela Marton
  • Abertura: 22 de setembro 2023
  • Visitação: até 05 de novembro 2023

Local

  • Local: Pinacoteca Anderson Fabiano
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Avenida Santa Luiza de Marillac, 1481 - Bairro Vila São José na cidade de Taubaté/SP

"Entre matéria, memória e imagem", de Daniela Marton


A Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Taubaté, por meio da Área de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico (AMPAH), realizará no dia 22 de setembro a abertura da exposição “Entre matéria, memória e imagem”, com obras da artista ítalo-brasileira Daniela Marton, na Pinacoteca Anderson Fabiano.



O objetivo da exposição “Entre matéria, memória e imagem” é apresentar pinturas que remetem a uma série desenvolvida na época da pandemia onde as relações pessoais passaram a ser feitas a distância, a qual reforçou ainda mais a busca por elementos arquitetônicos que tivessem algum apelo de memória afetiva. O campo pictórico dessa forma acaba ganhando mais corpo, se tornando mais matérico e por sua vez, as imagens começam a sofrer interferências com a materialidade da pintura, que acaba alterando-as, ressignificando assim a recordação afetiva contida nelas. A pintura se apresenta como um resultado da atualização dessas lembranças, passando assim a matéria a fazer parte da memória, de modo que surja o passado e o presente, colocados em comunhão.


Sobre Viajantes “Ao chegar a uma nova cidade, o viajante reencontra um passado que não lembrava existir: a surpresa daquilo que você deixou de ser ou deixou de possuir revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos”. Daniela Marton poderia ser esse viajante citado no livro “As Cidades Invisíveis”, de Italo Calvino. Vinda da arquitetura, ela encontra no território estrangeiro da pintura, talvez, a melhor maneira de "edificar” suas obras. Sua singularidade, contudo, não advém da frieza do cálculo, mas do gesto espontâneo que apaga qualquer rastro de uma fórmula racionalista. Ao mesmo tempo, a maneira como ela dispõe as camadas de tinta e estabelece entre elas relações cromáticas e táteis, percebemos uma aproximação com o fenomenológico. Somos assim expostos a uma pintura que cria um campo de experiência oriundo desta descontinuidade dos contornos e de uma gama de cores que se desfazem. Mesmo quando usa o AutoCAD (um software utilizado para elaborar peças de desenho técnico) para criar os estêncils que são aplicados sobre as telas, sua finalidade é transfigurada. O que surge são construções desgastadas e instáveis que problematizam, contradizem e expandem conceitos advindos de sua antiga formação acadêmica. Diferentes cargas emocionais permeiam sua produção. Desde a dor que se converte em cor até as escolhas das imagens que remetem ao universo da arquitetura que coleta da internet e reproduz em cada estêncil. A opção pela coluna jônica, na obra Rupturas, por exemplo, é por considerá-la um dos elementos mais elegantes e simples da arquitetura, por remeter a edificações antigas de Roma e Veneza, mas principalmente, por lembrá-la de uma viagem para visitar sua família na Itália. Nesta tela, a solidez da coluna se desfigura num mar de matéria, cor e gestualidade criando uma nova arqueologia para esta referência clássica. Por fim, faz necessário pontuarmos a importância da dor, tanto física quanto psicológica, em suas escolhas cromáticas e também de escala, já que em momentos de profundo sofrimento ela chegou a optar por telas de menor dimensão. Giulio Carlo Argan observou, a respeito da obra de Van Gogh, uma característica que encontro nas obras de Daniela: “a matéria pictórica adquire uma existência autônoma, exasperada, quase insuportável; o quadro não representa: é”. Ao percorrermos o conjunto de seus trabalhos embarcamos em um mundo de símbolos e mensagens que nos instigam e desafiam. Passamos a ser viajantes em processo de autodescoberta.” Tom Lisboa Texto Curatorial   


 Texto Curatorial: Tom Lisboa


Serviço


Pinacoteca Anderson Fabiano

Avenida Santa Luiza de Marillac, 1481 - bairro Vila São José na cidade de Taubaté/SP

Abertura 22/09/23 das 09:00 ao 12:00 e 13:00 até 17:00

Visitação 22/09/23  - 05/11/23

Horário de funcionamento das 09:00 ao 12:00 e 13:00 até 17:00 de segunda a sexta-feira. Sábado e domingo das 11:00 até 16:00.

Entrada é gratuita





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