Exposição "Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas", de Olufèmi Hinson Yovo
Exposição

Exposição "Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas", de Olufèmi Hinson Yovo

Exposição

  • Nome: Exposição "Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas", de Olufèmi Hinson Yovo
  • Abertura: 08 de novembro 2025
  • Visitação: até 23 de novembro 2025

Local

  • Local: Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA / Galeria 4 - Casarão)
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua da Graça, 284 (Graça) – Salvador, Bahia

Artista do Benin, em residência no Pivô Salvador, realiza exposição "Ecos através do Atlântico" no MAC_BAHIA


A exposição da artista Olufèmi Hinson Yovo (Benin) fica em cartaz de 8 a 23/11, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA) e faz parte da atividades do projeto Atlantic Threads

 


A artista beninense Olufèmi Hinson Yovo inaugura a exposição Ecos através do Atlântico, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA / Galeria 4 - Casarão), no dia 8 de novembro, às 17h. Na mostra, que segue até o dia 23 de novembro, a artista propõe uma reflexão sobre a colonização europeia diante das arquiteturas da África Ocidental e da América, especificamente em Salvador. A visitação é gratuita e acontece de terça a domingo, das 10h às 20h.


Para Olufèmi, enquanto na África as colisões entre estéticas coloniais, modernas e tradicionais, ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX, resultaram na reconfiguração da arquitetura de autoria local, do outro lado do Atlântico, o choque da colonização criou vocabulários híbridos, possíveis de serem observados nas edificações indígenas (Ocas), na arquitetura colonial portuguesa e nos terreiros de Candomblé em Salvador. 


Esse hibridismo ganha novas expressões urbanas no Golfo do Benin, onde os Agudás — africanos libertos retornados das Américas — contribuíram para a formação de paisagens que mesclam referências afro-brasileiras e africanas locais. Ao mesmo tempo, o sincretismo religioso das populações africanas escravizadas nas Américas se manifesta nas estruturas de templos voduns, catedrais e mesquitas.


Em Ecos através do Atlântico, a partir da instalação Cadavre Esquis (Cadáver esquisito), Olufèmi convida o público a construir coletivamente um arquivo das memórias – uma cartografia afetiva que conecta Dakar, Ouidah e Bahia. Por meio de fragmentos e reconstruções, a instalação reivindica a arquitetura como um arquivo vivo e como símbolo que reconstrói, através do oceano, o que um dia foi dividido. 


A exposição faz parte das atividades do Atlantic Threads, projeto colaborativo e interdisciplinar que promove trocas artísticas e culturais entre contextos marcados por legados coloniais e desequilíbrios de poder. Lançado pelo Pivô em parceria com a African Artists' Foundation (Dig Where You Stand) e a Cité Internationale des Arts, o projeto está em sua segunda fase, sendo a primeira realizada em 2025, com participação de Gabriela de Matos (Minas Gerais/Brasil), Tiganá Santana (Bahia/Brasil), Anne-Lise Agossa (Abidjã/Costa do Marfim), além de Olufèmi Hinson Yovo (Cotonou/Benin). O processo contou com acompanhamento curatorial de Cindy Sissokho, com participação também de Olivier Marboeuf. 


Através da participação de artistas, pesquisadores e agentes culturais convidados, o projeto colabora para a criação e estreitamento de vínculos culturais e sociais entre Salvador e países africanos e europeus conectados pela costa atlântica.


"Ecos através do Atlântico" é uma exposição organizada pelo projeto Atlantic Threads, no âmbito da Temporada Brasil França 2025, que conta com o apoio do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA), do Instituto Francês do Benin, e do Instituto Guimarães Rosa, com o patrocínio da PETROBRAS. A realização é do Instituto Cultural Acrópole, através do Governo Federal, Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura.


Sobre a artista

Olufèmi atua como arquiteta, designer, pesquisadora e curadora em Cotonou, Benin. Ela é a fundadora do Sah Studio; um estúdio de pesquisa multidisciplinar em Cotonou que desenvolve projetos em diversas escalas e materiais, celebrando o contexto local com um foco na descolonização da arquitetura. Seu processo se desenvolve em torno do design e da pesquisa sobre biodiversidade urbana, patrimônio, informalidade e habitação em Cotonou e na África Ocidental.


Ela possui um Bacharelado em Arquitetura (B.Sc) e dois mestrados: um Master of Fine Arts (MFA) no Reino Unido e um Master em Arquitetura e HMONP pela École Spéciale d'Architecture, em Paris. Trabalhou em Dakar, Paris, Abidjan e Cotonou, onde atuou como gerente de projetos para arquitetos de renome internacional no principal projeto de construção do Benin, que prevê 20.000 habitações.


Participou da 14ª e da 18ª Bienal de Veneza, expôs na mostra African Mobilities no Architekturmuseum, em Munique, e foi laureada com o Prêmio Prince Claus Building Beyond 2023. É coautora do livro Building African Future (Iwaléwabooks, 2023).


Nos últimos 10 anos, desenvolveu um grande interesse pela arquitetura da África Ocidental, desde a vernacular até a pós-moderna, por meio de suas diversas viagens pelo continente. Esse percurso culminou em sua nomeação como curadora da primeira exposição de arquitetura da África Ocidental na Bienal Dak'Art 2024 OFF para a EUNIC, intitulada "Arquitetura da África Ocidental: o Patrimônio de Ontem, as Cidades de Amanhã".


Ela é membro do Conselho de Arquitetos do Benin e professora na Africa Design School, em Cotonou.


Sobre o Pivô

O Pivô é uma plataforma autônoma de arte contemporânea fundada em 2012, dedicada ao intercâmbio, à pesquisa e à experimentação artística. A instituição tem como missão central refletir sobre a prática artística e contribuir para seu entendimento como linguagem própria de pensamento e participação na cultura visual, na sociedade e na política, operando como espaço de proposição, reflexão, investigação e experimentação. Este propósito se desenvolve através de um programa contínuo que inclui projetos comissionados, exposições, residências artísticas, publicações e programas públicos, criando condições para a criação e circulação de ideias em colaboração direta com artistas, curadores e públicos, em escala nacional e internacional.


O Pivô Copan, primeira sede da instituição, está instalado no icônico edifício Copan, no centro de São Paulo, onde consolidou essa abordagem experimental e colaborativa. Em 2023, o Pivô inaugurou sua segunda sede em Salvador: o Pivô Boulevard, localizado no Boulevard Suíço, casarão histórico que foi ponto de encontro de movimentos como a Tropicália e o Cinema Novo. Esta plataforma multidisciplinar fortalece o compromisso da instituição com a descentralização e a construção de redes culturais em diálogo com diferentes contextos.


A expansão em Salvador continuará com a abertura do Pivô Coaty, na Ladeira da Misericórdia, ocupando edifícios projetados por Lina Bo Bardi e João Filgueiras Lima. Nas três sedes, o Pivô compartilha o desejo de ocupar e reativar locais historicamente significativos, transformando-os em centros culturais vibrantes que fomentam o diálogo artístico e o engajamento comunitário. Esse novo capítulo reafirma o compromisso com a circulação de saberes situados e a construção de ecossistemas culturais diversos.


Hoje, o Pivô opera em rede, privilegiando dinâmicas de intercâmbio que valorizam diferenças e especificidades. Mais que espaços físicos, constitui um campo dinâmico de diálogo artístico e investigação contínua que já acolheu centenas de artistas em diferentes momentos de suas trajetórias.


SERVIÇO


Exposição "Ecos através do Atlântico: construindo a partir das perdas", de Olufèmi Hinson Yovo


Local: Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_BAHIA / Galeria 4 - Casarão), Rua da Graça, 284 (Graça)


Abertura: 8 de novembro, às 17h


Visitação: de 8 a 23 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 20h


Entrada Gratuita


 

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