

Exposição "Deslocamentos da Memória", de Alexandra Ungern e Heloisa Lodder
Exposição
- Nome: Exposição "Deslocamentos da Memória", de Alexandra Ungern e Heloisa Lodder
- Abertura: 23 de agosto 2025
- Visitação: até 14 de dezembro 2025
Local
- Local: Museu da Imigracao do Estado de São Paulo
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Visconde de Parnaíba, 1316 Mooca, São Paulo - SP
Vivências individuais e coletivas norteiam a mostra "Deslocamentos da Memória", das artistas visuais Alexandra Ungern e Heloisa Lodder, que acontece no Museu da Imigração do Estado de SP
Partindo de experiências pessoais e coletivas, as artistas utilizam diferentes suportes como fotografia, vídeo, performance, objetos e têxteis para trazer uma discussão sensível e crítica sobre o registro e preservação
A exposição "Deslocamentos da Memória" segue até o dia 14 de dezembro de 2025 no Museu da Imigracao do Estado de São Paulo, no bairro da Mooca, em São Paulo. Curada por Rejane Cintrão, a mostra reúne obras das artistas visuais Alexandra Ungern e Heloisa Lodder, que exploram a riqueza das memórias individuais e coletivas através de diversos meios artísticos. O evento - que é gratuito, tem visitação e abriu em agosto passado.
Ambas as artistas utilizam métodos distintos de lembrar e desconstroem aspectos de destruição e deslocamento, especialmente na cidade de São Paulo e em experiências de imigração, sendo as duas filhas de imigrantes (alemão - Lodder, e húngaro - Ungern, respectivamente).
Heloisa Lodder foca na fragmentação e degradação urbana, utilizando fotografia, vídeo arte, performance, e objetos para documentar o impacto da especulação imobiliária e o apagamento da herança arquitetônica de São Paulo. Seus trabalhos, como a série "Tridimensionalidade da Memória", exploram o descaso com o passado arquitetônico e cultural, preservando pedaços de demolições como memória das histórias esquecidas.
Alexandra Ungern, artista multimídia, explora a história de sua família e as experiências de imigração, especialmente da Hungria para o Brasil no pós-Segunda Guerra Mundial. Em alguns trabalhos, utiliza a cianotipia — técnica fotográfica de 1842 que emprega a luz para registrar imagens — imprimindo fotografias antigas em tecidos, evocando nostálgicos tempos passados. Obras como “Eu Adorava Esse Tempo” e “Carregando Memórias” lidam com a herança familiar e as histórias ancoradas em objetos cotidianos.
“A exposição destaca a forma como a memória é mantida viva através da arte, documentando não apenas o que se foi, mas também dando novas narrativas aos espaços e objetos. Com um olhar crítico sobre mudanças na paisagem urbana e de recuperação de identidades e histórias, Alexandra e Heloisa incentivam uma reflexão profunda sobre preservação e apagamento das memórias urbanas e pessoais”, destaca a curadora Rejane Cintrão em seu texto crítico.
Sobre as artistas
Alexandra Ungern nasceu em Recife-PE (1967), e vive em São Paulo desde a infância onde trabalha atualmente. Sua pesquisa aborda temas como memória, tempo e afetividade através de múltiplas linguagens. Bacharelado em artes visuais pela Universidade Webster Viena -Áustria (2011), Escola Panamericana de Artes SP, artes visuais 2004.
Participou de seminários com Carlos Fajardo e Artur Lescher; orientação de projetos com os artistas Nino Cais, Carla Chaim; grupo de poéticas visuais com curador e crítico Paulo Gallina; escrita na arte com curador Shannon Botelho; Fala de Artista com Magnolia Costa e Ana Velar. Participou de mostras nacionais e internacionais: Projeto Vitrines, metro Trianon-MASP(curadoria Regina Silveira); Museus MAB-SC, MUNA-MG, MAG-GO, MUBE SC; Contraprova II-Paço das Artes, SP; Reflexão, Dialogart - Viena; 25º Salão de Praia Grande, SP; Galeria Tato (individual: Laços, curadoria Claudinei Roberto da Silva), SP; Savaria Múzeum, Szombathelyi, Hungria; 16º Salão Nacional de Artes de Jataí, GO, 1º Salão Online Galeria IBEU; Edital de ocupação das galerias de Itajaí, SC, 50º Salão Luiz Sacilotto – SP; 48º SARP Salão de Artes no MARP Ribeirão Preto - SP; Galeria Imaginário, Buenos Aires- AR, Casa Contemporânea, (individual) Tramas que o Tempo não Desfia, curadoria Marcelo Salles 2024; Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, SP, curadoria Claudinei Roberto da Silva, coletiva: As vidas da Natureza Morta, 2024; 2025 Casa da Cidadania e da Língua, “Flores & Cinzas - Arar Arquivos, Brotar Livros e Aflorar Mundos”, curadoria Ângela Berlinde, Fabiana Bruno e Óscar Guarín Martinez, Coimbra-Portugal; 2024 Museu Nogueira da Silva, “Flores & Cinzas – Arar Arquivos, Brotar Livros e Aflorar Mundos”, curadoria Ângela Berlinde, Fabiana Bruno e Óscar Guarín Martinez, Braga, Portugal; Prêmios: edital Galeria Fernanda Milani - Teatro Polytheama, Jundiaí – SP; 10o. Salão de Arte Contemporânea de Marilia - Galeria M. De Artes – SP ; Coleções: Museu Universitário de Uberlândia Br; Ross Business School USA; UNICAMP- O Gabinete de Estampas Br; Calouste Gulbenkian Foundation – Biblioteca de Arte PT: Residências artísticas: Proyecto Ace online-Argentina; 2019 W Residência artística, Ribeirão Preto – SP; 2016 D’Clinic Residência Artística, Zalaegerszeg, Hungria; 2024 RAMA Residência Editorial. Fundadora e gestora do Alê Espaço de Arte, SP, desde 2012. https://alexandraungern.com
Heloisa Lodder (São Paulo-SP, 1969), atua como artista visual. É graduada em desenho gráfico pela Universidade Mackenzie de São Paulo, e certificada em Multimídia Web Design na Califórnia-USA - Center For Electronic Arts. Frequentou grupos de estudos e pesquisa para artistas, onde foi orientada por Rejane Cintrão, Carolina Mikoszewski, Julia Lima e Bru Novaes, Carolina Paes, Julie Belfer, Katia Salvany, Paulo Gallina, Nino Cais e Carla Chaim, Renato de Cara. Iniciou sua trajetória por meio da fotografia em 2018, sendo selecionada para exposições no European Month of Photography-EMOP Berlin, Alemanha, e no Festival Les Rencontres d’Arles_— França (LensCulture). Foi indicada ao Prêmio Aquisição Museu de Fotografia de Fortaleza na Leitura de Portfólio Internacional no FestFoto-POA 2019. Em 2020 recebeu três prêmios internacionais no Minimalist Photography Awards. Em 2022 foi selecionada: 19° Programa Exposições do MARP-RP; Residência Artística ED. Vera#3-SP; MAB Museu de Arte de Blumenau-SC; 47° SARP Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo MARP-RP (prêmio aquisição com duas obras). Em 2023 fez sua primeira individual Breve Lançamento, no MARP Museu de Arte de Ribeirão Preto; foi selecionada para o II Festival Lux de Performance SP/SP e Residência Arte Serrinha-SP. Itinerou o projeto Deslocamentos da Memória em parceria com a artista Alexandra Ungern, nos museus Memorial Getúlio Vargas-RIO, MuNa-MG e MAB-SC. Em 2024 destacam-se as mostras coletivas Hecho en Brasil em Buenos Aires-AR, e Trinta Anos de FirmaCASA em São Paulo. Possui obras em coleções particulares e acervos públicos: MARP; IMS-SP; AR Acervo Rotativo.
Sobre a curadora
Rejane Cintrão é mestre em História da Arte pela ECA/USP e coordenadora do Instituto Figueiredo Ferraz, desde 2013. Trabalha na área cultural há mais de 30 anos, tendo iniciado sua carreira como coordenadora do setor de exposições temporárias e vídeos no MAC-USP, em 1983, onde permaneceu até 1991. Atuou como curadora executiva do Museu de Arte Moderna de São Paulo de 1993 a 2006, onde fez diversas curadorias durante esse período, entre elas : Da Arte de Expor Arte e Figuras Quase Figuras, pelo Grupo de Estudos de Curadoria do MAM; Fotografia Não/Fotografia(Museo de Guadalajara, México, 2000 e MAM-SP, 2001). Foi curadora da mostra Arte Concreta Paulista - Grupo Ruptura(Centro Maria Antonia, São Paulo, 2002 – exposição e livro publicado pela Cosac & Naify); 7SP no espaço CAB, Bruxelas, Bélgica (2011), com obras de Ana Elisa Egreja, Albano Afonso, Sandra Cinto, Paulo Climachauska, Rafael Carneiro, Rodrigo Bivar e Wagner Malta Tavares e das mostras O Espírito de Cada Época, realizada no IFF em 2015, #iff2018, em 2018 e Outras Paisagens, em 2020. Idealizou o Programa Novos Curadores, os projetos de site specifics no Espaço Cultural do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos (2010-2014). Realizou as curadorias para a Torre Santander, São Paulo (2011-2014). Autora do livro “Algumas Exposições Exemplares”, pela editora Zouk, atuou como professora convidada no curso de pós graduação Museologia, Colecionismo e Curadoria na Faculdade de Belas Artes em São Paulo, de 2013 a 2017. https://www.rejanecintrao.art
Sobre o museu
Composto por objetos, registros textuais e iconográficos, publicações e relatos orais, nosso acervo documenta e possibilita compreender a história das migrações no Brasil. O Museu da Imigração tem o compromisso de preservar esse acervo, por meio de procedimentos técnicos de conservação, organização, pesquisa e documentação. Algumas das ações de preservação são: Acervo Digital, Coleção museológica, Coleção de história oral, Coleção bibliográfica e Arquivo institucional. https://museudaimigracao.org.br
Serviço
Mostra “Deslocamentos da memória”
Artistas: Alexandra Ungern e Heloisa Lodder
Curadoria: Rejane Cintrão
Período expositivo: 23/08 a 14/12/2025
Terça a sábado, 9h às 17h e Domingo, 10h às 17h
Entrada Gratuita
local: Museu da Imigracao do Estado de São Paulo
Rua Visconde de Parnaíba, 1316
Mooca, São Paulo - SP - 03164-300
Site: https://museudaimigracao.org.br
Email: museudaimigracao@museudaimigracao.org.br
Tel: (11) 2692-1866
Estação de metrô: Bresser-Mooca (Linha 3 - Vermelha)
redes sociais
Alexandra Ungern @aleungern
Heloisa Lodder @heloisa_lodder
Rejane Cintrão @rejanecintrao
Museu da Imigracao do Estado de São Paulo @museudaimigracao