

Exposição de Lino Villaventura
Exposição
- Nome: Exposição de Lino Villaventura
- Abertura: 17 de julho 2025
- Visitação: até 19 de outubro 2025
Local
- Local: Museu da Fotografia Fortaleza
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Frederico Borges, 545, Varjota
Fotografias e figurinos contam a trajetória do estilista Lino Villaventura em exposição no Museu da Fotografia Fortaleza
Com curadoria de Denise Mattar, design de montagem de Guilherme Isnard, e fotografias de grandes nomes como Bob Wolfenson e Cris Vidal, mostra terá entrada gratuita
O talento de um dos mais respeitados estilistas brasileiros e um dos pioneiros da indústria da moda no país será reverenciado em um ambiente diferente do habitual. Ao invés das passarelas, a moda e a arte de Lino Villaventura encantarão as pessoas no Museu da Fotografia Fortaleza (MFF), em uma exposição reunindo 23 looks do estilista e um conjunto de imagens captadas por 12 fotógrafos de estilos e gerações diferentes. A mostra Lino Villaventura será aberta oficialmente na noite de 16 de julho, em evento para convidados, e inicia a visitação gratuita a partir do dia 17, permanecendo em cartaz até o dia 19 de outubro.
A exposição Lino Villaventura é uma homenagem ao estilista brasileiro, nascido paraense, que virou um cearense por opção e por afeto. Sob a curadoria de Denise Mattar, e design de montagem de Guilherme Isnard, a mostra reúne figurinos que percorrem quatro décadas de criação: da primeira peça costurada pelo estilista, em 1975, até modelos desfilados na última edição do São Paulo Fashion Week, em abril de 2025. São 50 anos de criação do estilista, cuja marca foi criada oficialmente em 1982 em Fortaleza (CE), tendo como sócia, até hoje, Inez Villaventura. Desde 1999, Régis Vieira tornou-se o diretor criativo da marca.
Presença natural no universo da moda,seja como meio de divulgação ou como expressão cultural, a fotografia conta a história de vida de Lino pelas lentes de: Bob Wolfenson, Cecilia São Thiago, César Dutra, Cris Vidal, Debby Gram, Fernanda Calfat, Gentil Barreira, Hick Duarte, Miro, Patrícia Devoraes, Rogério Cavalcanti e Tripolli.
A seleção das fotografias demonstra como cada lente traduziu, em linguagem própria, o volume escultural e a poética autoral que fizeram de Lino Villaventura um artista único. A curadora tem em sua carreira duas exposições de moda consideradas antológicas pela crítica: O Preço da Sedução – Do espartilho ao silicone, 2004. Itaú Cultural São Paulo e Pierre Cardin, 2011, Shopping Iguatemi.
Os 12 fotógrafos convidados oferecem visões complementares. Bob Wolfenson, Tripolli e Miro são da geração que consolidou a fotografia de moda como linguagem artística no Brasil. Os três trabalharam para as principais revistas do país, como Vogue, Elle, Marie Claire, Harper's Bazaar e L'Officiel, além de assinar campanhas para marcas icônicas da moda nacional e internacional. Miro e Lino Villaventura mantêm uma parceria duradoura que atravessa décadas, unindo moda e imagem com sensibilidade e ousadia. Juntos, construíram ensaios marcantes nos quais a dramaticidade das criações de Lino encontra tradução visual na linguagem refinada e autoral de Miro. Da mesma geração, o cearense Gentil Barreira registrou o início da carreira de Lino, mas sua carreira seguiu para uma linguagem mais voltada para a atmosfera poética, refletindo o cotidiano, os gestos e as paisagens do Nordeste com força simbólica e inventiva visual.
Fernanda Calfat, Debby Gram, Rogério Cavalcanti e Cecilia São Thiago despontaram alguns anos depois. Vivendo entre Nova York e São Paulo, Calfat é fotógrafa oficial da New York Fashion Week, representada pela Getty Images, unindo elegância compositiva e domínio de linguagem visual, com personalidade e sensibilidade autoral. Debby atua nos campos da moda, beleza e fotografia autoral, com uma linguagem pop, explorando a serialidade da fotografia, com um resultado que é "quasi-cinema". As fotos de Cavalcanti já estiveram nas mais importantes revistas de moda, mas a série inédita, apresentada na exposição, é experimental, e incorpora defeitos da câmera, que ele transforma em efeitos. Cecília Klimtt participou de exposições nacionais e internacionais, e na mostra apresenta vídeos realizados em conjunto com Miro.
O grupo mais jovem é composto por Cesar Dutra, Cris Vidal, Hick Duarte, e Patrícia Devoraes. A produção recente de Dutra investiga a fusão entre identidade, natureza e propósito, em busca de uma fotografia que comunique com profundidade emocional. São dele as fotos exclusivas de Ney Matogrosso, com o figurino de Lino. Combinando sofisticação estética e domínio técnico, Vidal divide seu tempo entre Paris e São Paulo, consolidando-se como uma das vozes visuais mais promissoras de sua geração. São dele as fotos de Taís Araújo, no Festival de Cannes. Hick Duarte afirma a imagem como instrumento de escuta, diálogo e reconstrução simbólica, e é reconhecido pela capacidade de narrar histórias visuais com profundidade e autenticidade. Devoraes especializou-se em registrar eventos ao vivo.
São shows nacionais e internacionais, festivais de música, desfiles, pré-estreias de cinema e espetáculos teatrais, nos quais ela consegue capturar a essência de cada momento. É dela a foto de Silvia Pffeifer, no antológico desfile da Fashion Week em 2023. O resultado é um painel que funde passarela, bastidores e retratos de estúdio, reafirmando a fotografia como coautora do gesto de vestir.
Serviço
Exposição: Lino Villaventura pelas lentes de Bob Wolfenson, Cecília São Thiago, César Duarte, Cris Vidal, Debby Gram, Fernanda Calfat, Gentil Barreira, Hick Duarte, Miro, Patrícia Devoraes, Rogério Cavalcanti e Trípoli.
Abertura: 16 de julho de 2025 – 19 horas (Visitação a partir de 17 de julho)
Local: Museu da Fotografia Fortaleza – Rua Frederico Borges, 545, Varjota, Fortaleza-CE
Visitação: terça a domingo, 12h – 17h | Entrada gratuita
Informações: museudafotografia.com.br | @museudafotografiafortaleza