Exposição "Cópia Fiel por Alexandre Frangioni"
Exposição

Exposição "Cópia Fiel por Alexandre Frangioni"

Exposição

  • Nome: Exposição "Cópia Fiel por Alexandre Frangioni"
  • Abertura: 18 de março 2023
  • Visitação: até 05 de maio 2023

Local

  • Local: BABEL • SP
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Estados Unidos 2205

BABEL • SP APRESENTA “CÓPIA FIEL” EXPOSIÇÃO DE ALEXANDRE FRANGIONI COM CURADORIA DE REJANE CINTRÃO.


IMPLICAÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO NA CONTEMPORANIEDADE E OS IMPASSES DE UMA SOCIEDADE MOLDADA PELO CONSUMO MARCAM ESSA INDIVIDUAL QUE REÚNE MAIS DE 30 TRABALHOS DO ARTISTA.

                 


 A BABEL SP apresenta a primeira exposição individual de Alexandre Frangioni, que representado pela galeria apresenta mais de 30 obras. Com curadoria e texto crítico de Rejane Cintrão  a exposição ocupa toda a BABEL.



As obras desta exposição nos coloca diante das implicações da globalização na contemporaneidade, chamando a atenção para os impasses de uma sociedade moldada pelo consumo, cujos valores perdem-se no papel do consumidor.


Confronta temas relacionados, porém antagônicos, como qualidade e custo, sustentabilidade e produtividade, pobreza e riqueza, autenticidade e cópia, etc. Esses conceitos são geralmente traduzidos em instalações e outros trabalhos bidimensionais por meio de um estudo aprofundado de materiais e suportes.

 

SOBRE O ARTISTA:

Alexandre Frangioni tece relações entre as sociedades, seus valores históricos e o tempo através da memoria, utilizando materiais, imagens e objetos simbólicos, que são diretos e de fácil identificação. Surge no artista a fagulha para a discussão, através de sua obra, sobre todos os valores e como eles se relacionam com o passar do tempo, com a partição do tempo, embora o tempo continue ininterruptamente.


A visão de Alexandre Frangioni não é somente uma posição, é principalmente uma atitude diante das relações entre memória, tempo, dinheiro, valor e a real importância do humano. Nascido em 1967, atualmente vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Formado em engenharia química, em 2007 iniciou sua carreira artística como autodidata e aprofundou-se nos estudos em arte sob a orientação do artista João Carlos de Souza.


Desde 2016 participa de Feiras Internacionais de Arte, nos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Peru. Realizou exposições em relevantes Museus pelo Brasil, como o Museu de Arte Contemporânea de Ribeirão Preto (MARP), Museu de Arte de Goiânia (MAG), Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso (MARCO), Museu de Arte Contemporânea de Blumenau (MAC Blu), Museu Luiz Sacilotto em Santo André (Casa do Olhar), Museu de Arte Contemporânea de Jataí (MAC Jataí), Pinacoteca Benedito Calixto - em Santos, assim como de exposições alternativas tais como “#Prélocação” e “o desejo do outro” ambas em São Paulo. Possui obras nos acervos de AAL – Arte Al Limite, Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande e Renata Paula.

 

TEXTO CRÍTICO DA EXPOSIÇÃO:


Alexandre Frangioni vem desenvolvendo, desde 2018, uma ampla pesquisa que propõe uma reflexão sobre as implicações da globalização na sociedade atual. O que, afinal, a globalização trouxe de positivo para o mundo? A pasteurização das diferentes e ricas culturas de diversas regiões mundiais? O consumo exacerbado de produtos que, na maioria das vezes, não precisamos? Ou o crescimento nas diferenças sociais?


A série “Made in China” foi realizada nestes últimos anos como uma crítica bem-humorada à sociedade atual, moldada pelo consumo que põe em xeque a preservação da natureza, das diferentes culturas e dos seres que habitam nosso planeta. A repetição da frase Made in China produzida com obsessão por Frangioni é a mesma que encontramos em milhares de produtos que consumimos, muitos deles “cópias fiéis” de marcas de roupas e acessórios inacessíveis para a maioria da população mundial, produzidos em larga escala por pessoas que vivem em extrema pobreza na China e na Índia.


 “A atitude de Frangioni diante de ideias que podem ser difíceis de serem conceituadas pode resumir-se na seguinte frase: ele transforma ideias complexas em algo tão eficiente e simples como uma imagem”, escreve o crítico Christian Viveros-Fauné no livro One Art History, publicado em 2021 reunindo diversos trabalhos do artista. Ou seja, ele toma slogans de marketing que vemos todos os dias, mesmo que estejam implícitos das mais diversas maneiras, e dá um outro contexto para eles.


O ser humano utiliza, há séculos, a repetição de símbolos, códigos e ícones como forma de impor culturas, religiões ou hábitos. Na arte religiosa da idade medieval e renascentista, a repetição de fatos ocorridos na religião cristã é utilizada para divulgar a Igreja, haja vista que o crucifixo é um dos símbolos que mais se repete na história e em nosso cotidiano ao longo de mais de 2 mil anos. Não existe uma marca, objeto ou logotipo que tenha superado o uso deste símbolo até hoje.


Já a arte contemporânea, desde o artista francês Marcel Duchamp (1887-1968), tem como objetivo justamente trazer um outro contexto ou lugar para esses símbolos, ícones e objetos. Este fato é notável nas obras apresentadas nesta mostra, assim como as relações antagônicas entre questões também contemporâneas como qualidade e custo, sustentabilidade e produtividade, pobreza e riqueza, autenticidade e cópia.  


Esta mostra com mais de 30 trabalhos de Frangioni reúne engradados de madeira que são, minuciosamente, redesenhados, copiados e refeitos à frase Made in China, escrita à maneira da Coca-Cola e impressa em etiquetas que são, “copias fiéis” àquelas coladas nas garrafas do refrigerante, todos realizados artesanalmente, quer por meio de colagem, pintura, desenho, bordado ou mesmo impressão, técnicas milenares da arte. Neste sentido, seu trabalho se afasta do “objeto encontrado” tão presente na arte contemporânea mundial.

 

Assim, este curioso artista, formado em engenharia química, engana o nosso olhar. Afinal, estes trabalhos são cópias ou originais? Ou seriam cópias originais?


Rejane Cintrão / Março 2023

 

 SOBRE A CURADORIA:


Rejane Cintrão é Mestre em História da Arte pela ECA-USP e pós- graduada em Comunicação e Marketing pela ESPM. É atuante na área de curadoria, produção executiva e idealização de projetos de arte contemporânea. Idealizadora do Programa Novos Curadores, realizado em 2010/2011, foi professora convidada no curso de pós graduação de Crítica e Curadoria da PUC São Paulo em 2011; curadora executiva do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) de 1993 a dezembro de 2005; professora no curso de Artes Plásticas da Faculdade Santa Marcelina, de 1993 a 2000; curadora assistente na XXI Bienal de São Paulo, em 1991; assessora no setor de exposições temporárias e departamento de vídeo do Museu de Arte Contemporânea da USP, de 1984 a 1991 e monitora da XVII Bienal de São Paulo, em 1983, entre outros. Foi curadora convidada para os projetos na Torre Santander, São Paulo (2011 - 2014) e curadora e idealizadora do projeto de site- specifics no Espaço Cultural do Hospital Edmundo Vasconcelos (2010 - 2014). É consultora no Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, onde coordena as exposições e projetos culturais, e atua como professora convidada no curso de pós-graduação da Faculdade de Belas Artes de São Paulo.


 SERVIÇO

 Cópia Fiel por Alexandre Frangioni

Curadoria: Rejane Cintrão

Local:  BABEL • SP

Rua Estados Unidos 2205

Jardim América • São Paulo SP

+ 55 11 3062 0252 

 

Abertura:    18 de março de 2023, das 11 as 18h artista e curadora presentes


Visitação:   20 de março 2023 à 5 de maio de 2023

segunda à sexta, das 10h às 19h

Sábado, das 11h às 17h

Entrada Franca

Classificação indicativa: LIVRE





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