

Exposição coletiva "Xingu – Reflexos Indígenas no Design Contemporâneo"
Exposição
- Nome: Exposição coletiva "Xingu – Reflexos Indígenas no Design Contemporâneo"
- Abertura: 17 de agosto 2025
- Visitação: até 26 de outubro 2025
Local
- Local: Museu A CASA do Objeto Brasileiro
- Evento Online: Não
- Endereço: Av. Pedroso de Morais, 1216 - Pinheiros
Projeto Xingu: Exposição no Museu A CASA destaca a união entre saberes indígenas e design contemporâneo
Fruto de uma imersão entre a Yankatu e artesãos Mehinaku, exposição apresenta peças inéditas e processos criativos colaborativos
A partir de 16 de agosto de 2025, o Museu A CASA do Objeto Brasileiro recebe a exposição Xingu – Reflexos Indígenas no Design Contemporâneo, que revela o resultado de um processo colaborativo entre a designer Maria Fernanda Paes de Barros, da Yankatu, e os artesãos do povo Mehinaku, do Alto Xingu (MT), em uma potente confluência entre o design e os saberes indígenas. Realizada pela Yankatu e pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, a ação conta com patrocínio da Sherwin-Williams do Brasil.
“A ideia do projeto nasceu há cerca de cinco anos, a partir de uma imersão que realizei sozinha na aldeia Kaupüna para desenvolver uma coleção de peças em parceria com a comunidade. Durante esse processo, tive a ideia de fazer o tingimento natural de fios de algodão utilizados na produção de algumas peças — o que despertou neles um interesse genuíno pela técnica. A partir dali, ficou evidente o potencial de um diálogo que respeitasse profundamente os modos de fazer tradicionais, sem modificá-los, mas ampliando suas possibilidades de aplicação em novas criações”, explica Maria Fernanda, idealizadora do projeto.
A exposição propõe uma imersão do visitante pelo território artístico dos Mehinaku, reunindo objetos tradicionais - como bancos zoomorfos, cestarias e esteiras - e peças inéditas desenvolvidas em conjunto com a designer. Nas novas obras, Maria Fernanda evidencia o buriti, palmeira nativa que é a principal matéria-prima do trabalho das mulheres da etnia, e também os fios de algodão que ganham tingimentos naturais a partir de cascas de árvores nativas do entorno da aldeia. As obras refletem uma convivência imersiva e uma escuta sensível ao tempo e às necessidades da comunidade. Segundo a designer, a exposição apresenta como as criações ganham corpo, e o repertório da arte e do design brasileiros se expande, quando as interações são construídas de maneira ética, cuidadosa e horizontal.
Oficinas de tingimento natural aproximam técnicas ancestrais e inovação sustentável
Durante o processo de criação, o projeto promoveu oficinas de tingimento natural com mulheres da aldeia Mehinaku, reforçando seu caráter formativo e colaborativo. Para conduzir as atividades, foi convidada a pesquisadora Maibe Maroccolo, da Mattricaria, uma especialista em tingimento que tem mapeado o potencial tintorial de diferentes biomas brasileiros. A oficina propôs um intercâmbio de conhecimentos entre as técnicas ancestrais de tingimento já utilizadas pelos artesãos e práticas contemporâneas, despertando interesse e protagonismo das artesãs. O resultado gerou uma paleta de 12 cores que aparecem entrelaçadas em diferentes obras da mostra.
Além da exposição, o público terá acesso a um minidocumentário inédito, que narra a trajetória do projeto e apresenta seus principais agentes e processos criativos. Também será disponibilizado gratuitamente um catálogo virtual, que contextualiza as ações do projeto e a parceria entre a Yankatu e os Mehinaku, com imagens, depoimentos e reflexões sobre o fazer artesanal e suas transformações.
A expografia da mostra será feita com tonalidades do catálogo da Sherwin-Williams, líder mundial em tintas e revestimentos, cuidadosamente escolhidas para valorizar as obras e aumentar o destaque das peças. “Acreditamos no poder da cor como ferramenta de expressão e conexão, e é uma alegria as nossas estarem presentes na exposição Xingu, ajudando a contar essa história tão rica de saberes, trocas e criatividade. Projetos como esse reforçam a importância do diálogo entre passado e presente, tradição e inovação, e nos mostram como a cultura pode inspirar novas formas de ver e viver o design.”, afirma Patrícia Fecci, gerente de Color Marketing e especialista em cores da Sherwin-Williams.
A mostra foi pensada para garantir plena acessibilidade ao público. O minidocumentário contará com tradução em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), os textos da exposição estarão disponíveis em Braile, e o espaço expositivo do Museu A CASA dispõe de rampas e banheiros adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, os monitores foram capacitados para atender visitantes com deficiências cognitivas, promovendo uma experiência acolhedora, inclusiva e sensível às diferentes formas de percepção.
A exposição Xingu – Reflexos Indígenas no Design Contemporâneo poderá ser visitada gratuitamente no Museu A CASA (Av. Pedroso de Morais, 1216 – Pinheiros, São Paulo/SP), de quarta a domingo, das 10h às 18h, e fica em cartaz até o dia 26 de outubro.
Serviço
Xingu: Reflexos Indígenas no Design Contemporâneo
Local: Museu A CASA do Objeto Brasileiro (Av. Pedroso de Morais, 1216 - Pinheiros , São Paulo - SP, 05420-001)
Abertura: 16 de agosto, sábado, das 14h às 16h
Papo de Casa: às 13h, com realizadores e participantes do projeto
Período expositivo: de 17 de agosto de 2025 até 26 de outubro de 2025
Horário: De quarta a domingo, das 10h às 18h
Entrada gratuita