Exposição coletiva "Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos"
Exposição

Exposição coletiva "Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos"

Exposição

  • Nome: Exposição coletiva "Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos"
  • Abertura: 23 de agosto 2025
  • Visitação: até 29 de novembro 2025

Local

  • Local: Flexa
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Dias Ferreira, 214 - Leblon. Rio de Janeiro

Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos


A 6a exposição da Flexa reúne trabalhos de quatro artistas indígenas, com texto crítico assinado pelo curador peruano Miguel A. López



A Flexa tem o prazer de anunciar Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos, exposição que reúne os trabalhos de quatro dos nomes mais significativos da arte indígena amazônica contemporânea e que estiveram, recentemente, presentes nas últimas Bienais de Veneza: Jaider Esbell (Macuxi; Roraima, 1979 - São Paulo, 2021), Santiago Yahuarcani (Uitoto; Pucaurquillo, Peru, 1960), Rember Yahuacani (Uitoto; Pebas, Peru, 1985) e Sheroanawe Hakihiiwe (Yanomami; Alto Orinoco, Venezuela, 1971). A mostra, com abertura marcada para dia 23 de agosto, é acompanhada de texto crítico assinado pelo curador peruano Miguel A. López.


Com conhecimentos adquiridos de forma empírica, Jaider, Santiago, Rember e Sheronawe não possuem formação artística ou acadêmica tradicional. Suas habilidades foram adquiridas por meio da observação e de um relacionamento profundo com a natureza, suas famílias e comunidades. É importante dizer que esses artistas fazem parte de uma "constelação criativa", como nas palavras de Miguel A. López, que tem transformado, nas últimas três décadas, o que se entende por arte contemporânea. A arte, para os povos indígenas, é também uma ferramenta de preservação, de suas histórias e seus saberes. As obras presentes nessa exposição reafirmam as continuidades entre os humanos, animais, plantas, territórios e mundos espirituais, fazendo eco aos apelos pelo respeito a todas as formas de existência e buscando o freio para a exploração voraz dos recursos naturais.


O trabalho de Sheroanawe Hakihiiwe consiste em um repertório visual delicado, que se vale da repetição rítmica de motivos em papel artesanal ou tela, fazendo menção às formas de sementes, frutas, insetos, folhas e galhos. Santiago Yahuarcani recorre a narrativas míticas indígenas em suas pinturas, trazendo personagens típicos dessas histórias, como guardiões e criaturas animais híbridas. Já Rember Yahuarcani, seu filho, cria paisagens de grande escala que exploram sonhos abstratos, imaginando um futuro indígena através de formas e cores vibrantes. As pinturas de Jaider Esbell, de iconografia complexa e meticulosa, são homenagens a cada pequeno elemento (animais, plantas, seres humanos e espirituais) capaz de nos conectar com a espiritualidade.


Segundo Miguel A. López, o repertório dos quatro artistas traz luz a mundos visíveis e invisíveis, que persistem para além das tentativas de apagamento. Para o curador peruano, essas obras são frequentemente associadas ao colapso ecológico contemporâneo, mas a interpretação pode ir além e nos fazer um convite a olhar para o passado: a lógica de apagamento existe desde que os recursos experimentados pelas comunidades indígenas foram desapropriados.


Reunir trabalhos de Jaider Esbell, Santiago Yahuarcani, Rember Yahuacani e Sheroanawe Hakihiiwe é, por fim, segundo Miguel, uma possibilidade de "sentir representações mais complexas e ampliadas da vida, que ultrapassam o excepcionalismo humano. Não são imagens simples, nem imediatamente legíveis: exigem muita atenção, imaginação e, acima de tudo, disposição para ouvir o território a partir de outros canais sensíveis."


Miguel A. López é escritor e curador-chefe do Museo Universitario del Chopo, na Cidade do México. Anteriormente, foi curador-chefe e codiretor do TEOR/éTica, na Costa Rica. Suas exposições recentes incluem duas grandes retrospectivas de Cecilia Vicuña: Seehearing the Enlightened Failure no Kunstinstituut Melly em Roterdã, que viajou para a Cidade do México, Madri e Bogotá (2019-22); e Dreaming Water: A Retrospective of the Future (1964-...), apresentada no MNBA, Santiago; Malba, Buenos Aires; e Pinacoteca, São Paulo (2023-24). Ele é editor e autor de mais de vinte publicações sobre arte, sexualidade, justiça social, infraestrutura cultural e memória política. Em 2016, recebeu o Prêmio Curatorial Visão Independente do ICI.


 

SERVIÇO


Tudo entoa: Sentidos compartilhados entre humanos e não-humanos


abertura: 23 de agosto de 2025, sábado, 16h às 20h

encerramento: 29 de novembro 2025


funcionamento: seg-sex, 10h às 19h | sáb, 11h às 17h


Flexa

Rua Dias Ferreira, 214 - Leblon. Rio de Janeiro


www.flexagaleria.com

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