

Exposição coletiva "Tromba d'Água"
Exposição
- Nome: Exposição coletiva "Tromba d'Água"
- Abertura: 18 de julho 2025
- Visitação: até 04 de novembro 2025
Local
- Local: Museu do Amanhã
- Evento Online: Não
- Endereço: Praça Mauá, 1 – Centro
INSTITUTO ARTISTAS LATINAS E MUSEU DO AMANHÃ APRESENTAM "TROMBA D'ÁGUA"
Exposição traz uma seleção de trabalhos de 14 artistas mulheres latino-americanas, com curadoria de Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera.
Remetendo ao fenômeno da natureza, pinturas, esculturas, fotografias e videoarte refletem sobre histórias, memórias e saberes transmitidos por mulheres que enfrentam e rompem barreiras.
Mostra abre dia 18 de julho como parte das atrações da Ocupação Esquenta COP. O acesso à exposição é gratuito.
Artistas: Alice Yura - Azizi Cypriano - Guilhermina Augusti - Jeane Terra - Luna Bastos - Marcela Cantuária - Mariana Rocha - Rafaela Kennedy - Roberta Holiday - Rosana Paulino - Suzana Queiroga - Thais Iroko - Marilyn Boror Bor (Guatemala) - Natália Forcada (Argentina)
Celebrando seu aniversário de seis anos, o Instituto Artistas Latinas inaugura no Museu do Amanhã a exposição "Tromba d'Água". Dedicado à pesquisa, acervo e educação em artes visuais com foco em produções femininas latino-americanas, o instituto apresenta uma seleção de 27 obras, sob a curadoria de Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera. São trabalhos de 14 artistas mulheres de diferentes origens, etnias, orientações sexuais e idades, do Brasil, Argentina e Guatemala, que atuam em linguagens diversas. A mostra acontece de 18 de julho a 4 de novembro como parte das atrações da Ocupação Esquenta COP. O acesso à exposição é gratuito.
Produzida pelo Instituto Artistas Latinas, a mostra no Museu do Amanhã reúne trabalhos de Alice Yura, Azizi Cypriano, Guilhermina Augusti, Jeane Terra, Luna Bastos, Marcela Cantuária, Mariana Rocha, Rafaela Kennedy, Roberta Holiday, Rosana Paulino, Suzana Queiroga e Thais Iroko, Marilyn Boror Bor (Guatemala) e Natália Forcada (Argentina). Pinturas, esculturas, fotografias e videoarte remetem a histórias, memórias e saberes transmitidos por mulheres que enfrentam e rompem as barreiras que tentaram limitar suas existências. O maior trabalho da exposição é "O sonho da América Latina", de Marcela Cantuária, uma pintura de 5m X 3m.
Tromba d'água é uma coluna de ar giratória de alta potência que surge repentinamente sobre mares, rios ou oceanos. Aludindo a esse tipo de tornado comum nas regiões tropicais, a exposição é uma reflexão sobre fenômenos da natureza que rebentam espontânea e violentamente. A partir de temas como espiritualidade, ancestralidade e a relação do feminino com a natureza, a mostra remete à força da coletividade como catalisadora de mudanças, inspirando o respeito das relações do ser humano com o meio ambiente. "Na exposição, as características das águas criam espaço para trilharmos outros percursos na construção de uma sociedade pautada em relações sensíveis entre a humanidade e a natureza", destacam as curadoras, que assinam o texto curatorial coletivamente.
A exposição contempla também ações educativas, ministradas por profissionais convidadas pelo Instituto Artistas Latinas, promovendo a interação com a comunidade. "É uma feliz coincidência apresentar essa exposição em julho, mês tão simbólico para nós e que marca nossos seis anos de atuação. Colaborando para uma visão mais horizontal do sistema de arte, essa exposição também cumpre um papel de intercâmbio cultural, visto que são apresentadas obras de artistas de outros países e de diferentes regiões do Brasil", finaliza Paulo Farias, presidente do Instituto, que tem sede no Rio de Janeiro.
AS ARTISTAS
Alice Yura é natural de Aparecida do Taboado, interior do Mato Grosso do Sul, e atualmente reside em São Paulo. Sua obra reflete o interesse da artista pelas relações e processos entre arte e vida, afetos e encontros, bem como suas interseções com diversos campos, incluindo política, cultura, biologia, corpo e formação de identidade e alteridade. Em suas produções, explora as fronteiras e os tempos que a formam na busca de uma espécie de amor entre a ordem e o caos.
Azizi Cypriano atualmente reside no Rio de Janeiro, onde atua como artista, escritora e pesquisadora. Sua obra é marcada pela criação de poéticas e estruturas relacionadas às epistemes ancestrais, explorando as múltiplas formas de construir com as próprias mãos dentro da espiral do tempo. Atualmente, é graduanda em História da Arte pela UERJ e já participou de diversos grupos de formação em arte e mediação cultural.
Guilhermina Augusti atualmente residente no Rio de Janeiro, é reconhecida por sua obra, incluindo a criação da bandeira ATRAVECAR-ESCURECER do Museu de Arte do Rio. Como artista plástica, suas criações abordam questões relacionadas ao corpo dentro de uma perspectiva outra de humanidade, explorando a interação entre o corpo material dos objetos e a natureza, geometria, simbologia, adinkras e fabulações, buscando a eclosão da racialidade. Essas reflexões são expressas através de diferentes linguagens, com destaque para a serigrafia, arte digital, bandeira e escrita.
Jeane Terra pesquisa as subjetividades da memória, as nuances da transitoriedade das cidades e os destroços de um tempo, como o apagamento e o crescimento urbano desenfreados. Em trabalhos mais recentes, investiga a ação humana intensa e desenfreada e seus efeitos sobre a paisagem, o clima e a vida na terra. O trabalho da artista, cujo nome se confunde com o alcance de sua poética, se desenvolve nos suportes da pintura, escultura, fotografia e videoarte. Muitas vezes autorreferencial, Jeanne Terra gravita a usina ruidosa, de onde reminiscências vêm à superfície, para tecer um panorama das principais questões do nosso tempo.
Luna Bastos nasceu em Teresina (PI) e atualmente reside e trabalha no Rio de Janeiro. Sua prática artística aborda temas relacionados às suas experiências como mulher negra e sua ancestralidade, explorando diversas mídias, como pintura, bordado, escultura e graffiti. Parte significativa de sua pesquisa está centrada na simbologia Adinkra, buscando criar novos significados a partir de símbolos já existentes como uma forma de compreender o presente e o futuro à luz do passado.
Marcela Cantuária é uma artista cuja prática se baseia na construção de narrativas visuais que recuperam histórias de resistência, especialmente as lideradas por mulheres e por movimentos populares do Sul Global. Com cores vibrantes e uma estética que transita entre a tradição da pintura histórica e a cultura visual contemporânea, seu trabalho propõe contranarrativas ao colonialismo e ao patriarcado, ressignificando imagens e símbolos frequentemente apagados pela história oficial. Formada em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Cantuária desenvolve uma pesquisa que articula política, espiritualidade e ativismo. Embora a pintura esteja no centro de sua produção, sua prática expande-se para outros meios, como murais, instalações têxteis e peças cerâmicas, reforçando seu compromisso com a reinvenção da tradição artística.
Mariana Rocha é artista visual e professora. É graduada em Artes Visuais pela UERJ e mestra em Artes Visuais pelo Programa de Pós-graduação em Artes da mesma instituição. Em seu trabalho, investiga a existência de um mar dentro do próprio corpo, enquanto tece relações com a fauna marinha, especialmente com os animais classificados como moluscos. A partir disso, busca recuperar e engendrar novos espaços de liberdade e elaborar estratégias de defesa e de cura.
Marilyn Boror Bor, artista maia-kaqchikel, nascida em San Juan Sacatepéquez, Guatemala, em 1984, e atualmente residindo na mesma cidade. Sua prática artística desafia visões patriarcais e racistas. Utilizando diversas formas de expressão, como desenho, pintura, fotografia, design gráfico, instalação e performance, Boror Bor explora narrativas que confrontam essas estruturas opressivas. Seu trabalho foi exibido na BIENALSUR 2021 na Argentina, a Bienal del Sur - Pueblos en resistência, na Venezuela, e nas XIX, XX, XXII e XXIII Bienais de Arte Paiz, na Guatemala, entre outros. Além disso, participou da última Bienal de São Paulo.
Natalia Forcada, nascida na Argentina, é uma cineasta, artista visual e cênica. Possui licenciatura e docência em Direção de Cinema pela Universidad del Cine. Além de seu trabalho criativo, atuou como jurada e palestrante na Espanha e Argentina. Expôs e realizou residências na Itália, Espanha, Colômbia, Equador, Uruguai e Argentina. Recebeu distinções como ser finalista no Prêmio ITAÚ 2018; ser selecionada para a Bienal PerfoArtNet 2018, na Colômbia; participar da Seleção Festival Anima Mundi em Veneza 2017; ser finalista do Talent Contemporains na Fundação François Schneider, em 2016; e ter participado do Hors Pistes, no Centro Pompidou, em Paris, entre outros.
Rafaela Kennedy é uma artista visual amazônica cujo trabalho desarruma imaginários hegemônicos, reescrevendo, através do corpo-território, histórias que o projeto moderno tentou apagar. Sua prática, entre fotografia, imagem-magia e testemunho de vida, tensiona os apagamentos epistêmicos de populações originárias e negras, convertendo estigmas em narrativas de afeto radical. No primeiro semestre de 2025, estreia Proteção no Museu Afro Brasil (SP), uma série fotográfica onde seu corpo travesti recebe a bênção de sua mãe pentecostal, criando uma iconografia do cuidado trans que atravessa dogmas religiosos. Sua trajetória inclui participações no 38º Panorama de Arte Brasileira (MAM-SP, 2024), com as séries Rebojo, Amoré e Breada (em colaboração com Labo Young); além das exposições "Invenção dos Reinos" (Oficina Brennand, 2023) e "Um Espelho na História" (Galeria Almeida & Dale, 2022). Premiada com o Woman Artist Residency Award, na feira Zona Maco (México), sua pesquisa articula crises ambientais, memórias apagadas e a construção de espaços de respiração para corpos dissidentes.
Roberta Holiday é uma artista que reside em Belford Roxo (RJ). Sua prática artística é profundamente influenciada pela música e tem como foco principal as experiências das mulheres negras e o território urbano. Em 2021, exibiu sua obra "Amor de Criação" na ArtRio, no Espaço da Rede NAMI. No ano seguinte, em 2022, participou da exposição coletiva "Um Defeito de Cor" no Museu de Arte do Rio, além de contribuir para a exposição coletiva "Acessos" na Escola de Artes Parque Lage. Em 2023, foi selecionada para participar da Residência Artística Elã.
Rosana Paulino é bacharel e doutora em Artes Plásticas pela ECA/USP, além de ter especialização em gravura pelo London Print Studio, de Londres. Representada pela Galeria Mendes Wood DM, a obra de Paulino está presente em importantes coleções institucionais brasileiras como Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu AfroBrasil, além das internacionais University of New Mexico Art Museum, Museu de Artes de Buenos Aires, The Frank Museum of Art e Otterbein University.
Suzana Queiroga é gravadora, pintora, desenhista e professora. Concluiu o bacharelado em gravura na EBA/UFRJ, em 1983. Participou da exposição Como Vai Você, Geração 80?, realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984. No ano seguinte, passou a lecionar na mesma instituição, onde coordenou os núcleos de gravura (1986–1988) e de desenho (1988–1990). Atuou como professora no departamento de artes da Faculdade de Arquitetura da Universidade Estácio de Sá entre 1996 e 1998. Em 2000, recebeu a Bolsa RioArte, com o projeto Pintura no Espaço Urbano – Outdoors.
Thais Iroko é uma artista do Rio de Janeiro. Além de sua prática artística, ela também atua como arte educadora e está atualmente cursando Engenharia Agronômica na UFRJ. Integrante do Movimento Nacional Trovoa (RJ), Iroko utiliza a colagem como principal técnica, misturando fragmentos de imagens e sons obtidos por meio de pesquisa ou registros pessoais e familiares. Sua obra transita entre diferentes formas de expressão, incluindo pintura, objeto, performance, vídeo e palavra como instrumentos de virtualização criadores de imaginários, explorando temas como memória, imagem e território. Ao acumular e elaborar cenas, ela cria narrativas de pertencimento em um mundo que rejeita seu corpo, sua intelectualidade e sua história.
SOBRE O INSTITUTO ARTISTAS LATINAS
Criado em 2019, o Instituto Artistas Latinas busca fortalecer a ampliação do conhecimento sobre a produção de artistas mulheres na arte contemporânea. Por meio de uma plataforma digital, reúne centenas de nomes e biografias de todas as regiões da América Latina, promovendo intercâmbios de pesquisa e expandindo o mapeamento de conexões artísticas entre os países. As redes sociais do Instituto funcionam como amplificadores para o trabalho de artistas e de iniciativas que trazem visibilidade para a produção artística de mulheres. Esse conjunto permite uma maior atuação do Instituto em outras localidades, impactando diretamente 12 países, seja por meio de iniciativas presenciais ou virtuais. Além disso, o Instituto desenvolve e difunde conteúdos diversos que consolidam o diálogo de arte contemporânea, desenvolve ações educativas e de formação livre, organiza projetos de exposições e institucionais, desenvolve consultoria para coleções públicas e particulares, promove participações em feiras de Arte e facilita cursos voltados ao protagonismo feminino.
SOBRE O MUSEU DO AMANHÃ
O Museu do Amanhã é gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão — IDG. O projeto é uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro, concebido em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo. Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu conta com o Banco Santander Brasil como patrocinador master, a Shell, Movida e Instituto Cultural Vale como mantenedores e uma ampla rede de patrocinadores que inclui ArcelorMittal, Engie, IBM, Volvo e TAG. Tendo a Globo como parceiro estratégico e Copatrocínio da B3, Mercado Livre e Águas do Rio, conta ainda com apoio de Bloomberg, Colgate, EMS, EGTC, EY, Granado, Rede D'Or, Caterpillar, TechnipFMC e White Martins. Além da DataPrev, Fitch Ratings e SBM OffShore apoiando em projetos com a Lei de Incentivo Municipal, conta com os parceiros de mídia Amil Paradiso, Rádio Mix, Revista Piauí, Canal Curta ON e Assessoria Jurídica feita pela Luz e Ferreira Advogados.
SOBRE O IDG
O idg - Instituto de Desenvolvimento e Gestão é uma organização social sem fins lucrativos especializada em conceber, implantar e gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atua também em consultorias para empresas privadas e na execução, desenvolvimento e implementação de projetos culturais e ambientais. Responde atualmente pela gestão do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro; Paço do Frevo, em Recife; Museu das Favelas, em São Paulo; e Museu das Amazônias, em Belém. Atuou ainda na implantação e na gestão do Museu do Jardim Botânico do Rio de Janeiro como gestor operacional do Fundo da Mata Atlântica e como realizador das ações de conservação e consolidação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região portuária do Rio de Janeiro. Também foi responsável pela concepção e implementação do projeto museológico do Memorial do Holocausto, inaugurado em 2022, no Rio de Janeiro. Saiba mais em link.
SERVIÇO
Exposição de arte contemporânea
Título: "TROMBA D'ÁGUA"
Curadoria: Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera
Artistas: Alice Yura - Azizi Cypriano - Guilhermina Augusti - Jeane Terra - Luna Bastos - Marcela Cantuária - Mariana Rocha - Rafaela Kennedy - Roberta Holiday - Rosana Paulino - Suzana Queiroga - Thais Iroko - Marilyn Boror Bor (Guatemala) - Natália Forcada (Argentina)
Realização: Instituto Artistas Latinas
Período expositivo: De 18 de julho a 4 de novembro de 2025
Visitação: De quinta a terça-feira, das 10h às 18h
Local: Museu do Amanhã - Praça Mauá, 1 – Centro - Rio de Janeiro
Entrada gratuita (somente da mostra)