Exposição coletiva "Correspondências: memórias e identidade"
Exposição

Exposição coletiva "Correspondências: memórias e identidade"

Exposição

  • Nome: Exposição coletiva "Correspondências: memórias e identidade"
  • Abertura: 20 de agosto 2025
  • Visitação: até 27 de setembro 2025

Local

  • Local: Centro Cultural dos Correios Rio de Janeiro
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro

“Correspondências: memórias e identidade", no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro


A exposição coletiva Correspondências: memórias e identidade centra-se na apresentação dos livros de artista, que ultrapassam o formato tradicional para dialogar com instalações, pinturas, colagens, bordados e outras linguagens. A mostra estabelece uma reflexão sobre a materialidade da escrita e a memória afetiva das trocas epistolares, explorando formas de comunicação que vão além da palavra, valorizando a escuta, a presença e o tempo nas relações humanas. Com curadoria de Fabiola Notari, a mostra reúne 46 obras de 22 artistas contemporâneos. A abertura será no dia 20 de agosto de 2025 (quarta-feira), das 16h às 20h, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro.



O Centro Cultural dos Correios Rio de Janeiro tem o prazer de convidar para exposição coletiva Correspondências: memórias e identidade no dia 20 de agosto de 2025 (quarta-feira), das 16h às 20h, com curadoria de Fabiola Notari, na Galeria B, no térreo da instituição.


Reunindo 46 trabalhos, entre livros de artista em seus mais variados formatos e obras em suportes diversos — como instalações, pinturas, colagens, objetos, desenhos e bordados —, a exposição Correspondências: memórias e identidade propõe um mergulho nas formas de comunicação que transcendem a palavra escrita, recuperando gestos de afeto, escuta e partilha.


As obras reunidas investigam a potência poética e sensível das trocas epistolares — cartas, bilhetes, mensagens escritas à mão — como espaços de elaboração da memória, construção de identidade e presença simbólica.


“Em uma época marcada pela velocidade dos toques e pelas mensagens descartáveis, esta mostra propõe um retorno — não ao passado em si, mas à densidade da troca, ao tempo da escuta, à delicadeza dos silêncios que uma carta pode conter”, diz a curadora Fabiola Notari.


Do latim correspondere — cor (junto, reciprocamente) e respondere (responder) —, corresponder é mais do que enviar algo: é estar em relação. Nesse gesto de escrever e aguardar, de partilhar mundos mesmo à distância, habitam os afetos que atravessam a exposição que conta com obras dos artistas Aline Cavalcante, Ana Cris Rosa, Célia Alves, Christina Parisi, Clarissa M Zelada, Claudia Souza, Cris Marcucci, Daniela Karam Vieira, Irene Guerreiro, Leonor Décourt, Lidia Sumi, Lídice Salgot, Lucia Mine, Lucimar Bello, Maíra Carvalho, Margarida Holler, Renata Danicek, Rosa Grizzo, Sandra Lopes, Teresa Ogando, Tuca Chicalé e Vitória Kachar.


Algumas obras da mostra exploram a escrita como forma visual e afetiva, deslocando seu sentido tradicional para o campo da memória e da sensação. Em Todas as perguntas que importam, Aline Cavalcante investiga a abstração da escrita. As cartas apresentadas não comunicam por palavras, mas por traços e ritmos, como vestígios de uma memória afetiva. Ao alterar padrões da linguagem, a artista propõe novas formas de leitura baseadas na emoção e no gesto.


Em Cartas para um Futuro (in)Certo, Christina Parisi reúne resíduos e fragmentos urbanos recolhidos pelas ruas, compondo um livro de artista feito de vestígios. Em contraste com o silêncio da natureza, a cidade se expressa por seus descartes — ecos materiais que a artista reorganiza como mensagens ao futuro, sem garantia de leitura ou de destinatário.


Carta Circular, de Lucia Mine, parte de uma correspondência real entre ela e uma jovem diarista que descobre a escrita ao copiar receitas. A troca é registrada em pratos de papelão, suporte simples e carregado de sentido. A obra preserva o gesto íntimo do envio e acolhe, em sua forma circular, a permanência dos vínculos que seguem em movimento.


Em A coleção de selos do meu pai, Maíra Carvalho organiza selos guardados por anos como forma de tornar visível uma memória familiar. Fragmentos de cartas, nomes e carimbos compõem uma experiência visual que atravessa tempos e afetos, sem seguir uma narrativa linear.


Memória como refrão ou me repito nas memórias, de Vitória Kachar, evoca a sua ancestralidade libanesa por meio da repetição de formas e do uso do dourado. O envelope postal e a mala são escolhidos como suportes simbólicos, articulando deslocamentos, guardados e permanências entre tempos e territórios.


A exposição é organizada em quatro núcleos temáticos:

Livros de artista: objetos de arte e comunicação, apresenta trabalhos que expandem a noção tradicional de livro, ativando sua dimensão tátil, visual e afetiva como forma de comunicação sensível. A seleção parte das investigações do grupo de estudos “Livros de artista, livros-objetos: entre vestígios e apagamentos”, ativo desde 2013. Compõem este núcleo as obras Caminhos e Todas as perguntas que importam, de Aline Cavalcante; A coleção de selos do meu pai, de Maíra Carvalho; Guardadora, de Irene Guerreiro; Carta Circular, de Lucia Mine; contraditórios táteis, de Lucimar Bello; Vai carta feliz voando, de Teresa Ogando; Coisas do Destino…, de Christina Parisi; Odisseia, de Lidia Sumi; Mínimo Sol, de Célia Alves; e Meu amor, de Lídice Salgot.


Cartas, envelopes e postais: memórias e narrativas, utiliza elementos da correspondência — como envelopes, postais e papéis dobrados — como suporte e linguagem. São trabalhos que transformam a escrita em testemunho e gesto de resistência contra o esquecimento. Os trabalhos aqui apresentados são Correspondências, de Lídice Salgot; Cartas Visuais Afetivas, de Claudia Souza; (DES)Fronteiras e Não espere resposta, de Tuca Chicalé, Não espere resposta (série ‘saudade que não tem fim’), e Há desencontros em caminhos que se cruzam (série ‘saudade que não tem fim’), de Tuca Chicalé; …eu vivi a vida por ele…, de Rosa Grizzo; Memórias Seladas, de Renata Danicek, e Postando arte II, de Renata Danicek; Cartão postal e (é) arte, de Irene Guerreiro; Cartas de Sete Dias, de Lucimar Bello; Postais Particulares, de Ana Cris Rosa, e Livro das Cartas, de Ana Cris Rosa; e Entre lembranças que me abraçam, de Vitória Kachar.


Correspondências e tecnologia: o impacto da era digital, reúne trabalhos que refletem sobre a transição das trocas analógicas para os meios digitais, abordando apagamentos, vestígios e transformações da memória. São obras que tensionam as lacunas e silêncios da comunicação na era da velocidade e da obsolescência. Fazem parte deste núcleo as obras ausências, saudades e outros vazios, de Daniela Karam Vieira; Cartas para um Futuro (in)Certo, de Christina Parisi; Apaga-dor, de Margarida Holler; Jornada nas Estrelas, de Lidia Sumi; Caminhos, Troncos e Afetos, de Cris Marcucci; Alegre porque esqueci o endereço na mala, de Lucimar Bello; Cartas ao jardineiro, de Ana Cris Rosa; A escala Fraunhofer, Madame Butterfly, e Correspondência, de Sandra Lopes; Lenço de amor futuro e Lenço de amor passado, de Clarissa M Zelada ; A escala Fraunhofer de Sandra Lopes.

A seção Travessias e interseções reúne obras que habitam zonas híbridas entre carta, livro, objeto e memória. Esses trabalhos transitam entre linguagens e suportes, criando pontes inesperadas, em que a correspondência torna-se também jogo, performance e metáfora do estar em relação. Este núcleo apresenta as obras Ao destinatário, Correspondência - Jogo da memória,  Artistas x Trabalhos, de Leonor Décourt; Correspondências Inviáveis, de Clarissa M Zelada; memória como refrão ou me repito nas memórias, de Vitória Kachar; Miragens, Algaravia, Trama em Noite Escura, de Célia Alves; Todas as perguntas que importam, Aline Cavalcante; Dos lados aos pedaços, Lucimar Bello; Jogo da Memória, de Sandra Lopes; e Fragmentos de uma Odisseia, de Lidia Sumi.


Correspondências: memórias e identidade convida a pensar as dinâmicas da comunicação que atravessam nossas relações, destacando como essas práticas moldam nossa percepção de tempo e de vínculo.


CENTRO CULTURAL CORREIOS

O Centro Cultural Correios completou, em 2023, trinta anos a serviço da sociedade e da cultura. O prédio centenário, inaugurado em 1922, foi desativado para reformas e voltou a fazer parte do cotidiano da cidade em 1992, com a mostra Ecologia 92, evento integrante da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, o CCCRJ tem ampliado sua atuação, promovendo projetos diversos e reforçando o compromisso dos Correios com a cultura e as artes no país.


Somente em 2024, a atual curadoria do espaço realizou mais de cinquenta projetos nas áreas de Artes Visuais, Audiovisual, Música e Humanidades — um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. Também se destacou o aumento de parcerias com instituições do circuito artístico, como centros culturais e galerias, além da abertura para plataformas e artistas independentes. Em 2025, a tendência é de expansão: nos cinco primeiros meses do ano, vinte e nove projetos já foram promovidos, incluindo colaborações com artistas de destaque. O Teatro Correios Léa Garcia também segue ativo, com programação voltada para produções que abordam questões raciais, LGBTQIAPN+ e culturas dos povos originários, ampliando o acesso à cultura e a diversidade de vozes em cena.


Serviço

Exposição: "Correspondências: memórias e identidade"

Curadoria: Fabíola Notari


Abertura: 20 de agosto de 2025, das 16h às 20h

Visitação: de 20 de agosto a 27 de setembro de 2025


Horário: De terça a sábado, das 12h às 19h


Local: Centro Cultural dos Correios Rio de Janeiro | Galeria B – Térreo

Endereço: Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, Rio de Janeiro


Entrada gratuita

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