

Exposição coletiva "CORPO-GESTO"
Exposição
- Nome: Exposição coletiva "CORPO-GESTO"
- Abertura: 09 de dezembro 2023
- Visitação: até 18 de fevereiro 2024
Local
- Local: Nonada Zona Norte
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Conde de Agrolongo, 677
CORPO-GESTO, coletiva desvenda os múltiplos desdobramentos da gestualidade.
A exposição conta com trabalhos de 19 artistas mulheres e não bináries em prol da Casa Nem.
No próximo sábado, dia 09 de Dezembro, será a inauguração da exposição CORPO-GESTO na galeria Nonada - Zona Norte. Com curadoria de Gabriela Davies e Maíra Marques, por meio da plataforma Comadre, a coletiva reúne 20 artistas mulheres e não bináries, de diferentes gerações e linguagens, com trabalhos que exploram a gestualidade presente no fazer artístico.
A exposição foi concebida a partir do debate sobre a intenção do corpo perante o gesto: um gesto emocional, um gesto reativo, uma marca de identidade ou até mesmo a prevenção do gesto. "Duas obras que trazem paralelos sobre a nossa curadoria são a de Ana Clara Tito, com Os Usos da Raiva, onde ela molda vergalhões em volta de seu corpo transformando a peça em um abrigo-repressor de si. A força e a emoção por trás do ato de contorcer o vergalhão são notáveis ao analisarmos a obra. Já a obra de Lyz Parayzo, que de certa forma também pode servir como um escudo-abrigo , também impede que pessoas se aproximem da obra. As lâminas do móbile se tornam armas com o movimento contínuo em espiral. Você pode se cortar com a obra, atuando de certa forma como um contra-gesto", nota Gabriela Davies.
Foi do pensamento dessa pluralidade de resultados através do gesto que curadoria se estabeleceu, e que conta com uma diversidade de obras que abarcam tanto expressões corporais como resultados obtidos através dos movimentos do corpo. Segundo Maíra Marques, "Algumas obras destacam a proposta curatorial de forma mais evidente com a imagem dos corpos das artistas, como por exemplo o vídeo Ora Pro Nobis de Letícia Parente, já outras nos sugerem imaginar o gesto precedente ao resultado, como a de Nazareth Pacheco, uma imagem da gota de sangue que é resultado de um pequeno movimento no manuseio das giletes tão presentes na pesquisa da artista".
Recentemente, no meio da arte, observa-se um movimento de descentralização, seja por abarcar nomes de artistas historicamente excluídos ou por trazer à tona debates sociais que outrora seriam silenciados. Esta exposição representa também uma tentativa de abrir novas perspectivas, ao ocupar a galeria da Zona Norte - uma região destacada na produção artística, mas ainda pouco explorada na exposição destas obras e que enfrenta o desafio da acessibilidade limitada para o público frequentador de espaços de arte, que costuma concentrar-se majoritariamente na Zona Sul e no Centro da cidade.
Além disso, o compromisso da exposição em impactar positivamente é solidificado pela intenção de contribuir para um projeto social através das vendas das obras. A Comadre, fundamentada na premissa de colaboração com outras organizações de cunho social ou de pesquisa, estabelece, neste projeto, que 10% do valor arrecadado com a venda das obras da mostra será destinado à Casa Nem, espaço dedicado ao apoio de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. Essa parceria reforça o comprometimento da exposição não apenas com a promoção artística, mas também com a responsabilidade social e a busca por impactos positivos na comunidade.
Além da abertura da CORPO-GESTO, neste mesmo dia, a galeria Nonada vai inaugurar a coletiva Caos Primordial com curadoria de Carolina Carreteiro e a instalação cinematográfica Nada Mais Disse de Raphael Medeiros.
Artistas participantes:
Adrianna eu
Agrade Camíz
Ana Clara Tito
Ayla Tavares
Brigida Baltar
Darks Miranda
Iah Bahia
Iole de Freitas
Letícia Parente
Lia Chaia
Lyz Parayzo
Marcia Thompson
Mestre irinéia
Nazareth Pacheco
Niura Bellavinha
Rose Afefé
Val Souza
Serviço
Abertura: 09/12/23 das 14h às 20h
Exibição até 18/02/24
Qui - Sex das 12h às 17h
Sáb das 11h às 15h
Nonada Zona Norte
Rua Conde de Agrolongo, 677
co@comadre.art
Sobre a Casa Nem
A Casa Nem nasceu no Rio de Janeiro e é uma das primeiras casas de acolhimento à população LGBTQIAPN+ do Brasil, com 7 anos de existência foi criada por Indianarae Siqueira (Paranaguá, 18 de maio de 1971), ativista transgênero, indígena, brasileira, traviarca do movimento organizado de travestis e transexuais e presidente do grupo Transrevolução. Hoje a Casa Nem conta com diversos projetos de formação, como o Costura Nem voltado para formação de artistas e economia criativa, e o Prepara Nem voltado para preparação para o vestibular e Enem, Ensino fundamental e médio na Maré e Vila Mimosa além da sede que fica no Flamengo.