Exposição coletiva "Aqui-lá" e individual "Limiar", de Tarik Kiswanson
Exposição

Exposição coletiva "Aqui-lá" e individual "Limiar", de Tarik Kiswanson

Exposição

  • Nome: Exposição coletiva "Aqui-lá" e individual "Limiar", de Tarik Kiswanson
  • Abertura: 03 de setembro 2025
  • Visitação: até 25 de janeiro 2026

Local

  • Local: Instituto Tomie Ohtake
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Coropé, 88, Pinheiros – São Paulo

MAM São Paulo e Instituto Tomie Ohtake realizam parceria inédita com duas exposições sobre deslocamentos e identidade


A mostra coletiva Aqui-lá reúne obras da coleção do MAM e Limiar, instalação do artista Tarik Kiswanson, estreia no Brasil no contexto da Temporada França-Brasil



A partir de 3 de setembro de 2025, o Ministério da Cultura, a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Cidade de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Instituto Tomie Ohtake apresentam conjuntamente duas mostras que exploram experiências de deslocamento, pertencimento e transformação, dentro do programa MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake.


A exposição coletiva Aqui-lá, concebida a partir da coleção do MAM São Paulo, e a instalação inédita Limiar, do artista franco-palestino Tarik Kiswanson, ocupam espaços do Instituto Tomie Ohtake em uma programação que reafirma o potencial da colaboração institucional no campo das artes. Na mesma ocasião, o Instituto Tomie Ohtake também inaugura a exposição coletiva A terra, o fogo, a água e os ventos – Por um Museu da Errância com Édouard Glissant, ampliando a programação dedicada às questões de identidade, memória e território. 


O programa MAM São Paulo encontra Instituto Tomie Ohtake nasce do diálogo entre duas organizações comprometidas com a ampliação do acesso à arte e com o fortalecimento de sua dimensão pública. Mais do que uma ação pontual motivada pelo fechamento temporário da sede do MAM para a reforma da Marquise do Parque Ibirapuera, o projeto integra um ciclo de cooperação que promove circulação de acervos, intercâmbio de saberes e experiências curatoriais e educativas compartilhadas.


Com curadoria conjunta, assinada pelas duas instituições – Cauê Alves e Gabriela Gotoda, do MAM São Paulo, e Ana Roman e Paulo Miyada, do Instituto Tomie Ohtake –, a coletiva Aqui-lá aborda identidades e culturas que não se restringem a um território único, mas se constroem em múltiplos lugares simultaneamente – o “aqui” e o “lá” interligados.


"Para o poeta Édouard Glissant, ao contrário do que alguns afirmam, a diversidade resultante dos movimentos entre territórios enriquece a experiência dos lugares, colocando-os em relação com todas as línguas e lugares do mundo. Partindo dessa premissa, a exposição propõe um exercício de escuta e aproximação, em que as obras da coleção do MAM são reunidas a partir do cruzamento de rastros – ora em ressonância, ora em desvio. Mais do que ilustrar deslocamentos, as obras os incorporam como matéria, gesto e pensamento”, afirmam os curadores da mostra. 


A lista de obras apresenta Anna Bella Geiger, Carla Zaccagnini, Emmanuel Nassar, Hudinilson Júnior, Ivens Machado, Judith Lauand, León Ferrari, Lívio Abramo, Lothar Charoux, Lourival Cuquinha, Lydia Okumura, Madalena Schwartz, Maureen Bisilliat, Megumi Yuasa, Nazareth Pacheco, Paulo Bruscky, Rafael França e Sara Ramo. O conjunto de trabalhos aborda, por diferentes caminhos, questões relacionadas à alteridade, aos deslocamentos e fluxos diaspóricos e migratórios e aos processos de permanência e transformação das identidades nesses contextos.


“A coleção do MAM carrega marcas da diversidade e da história de deslocamentos que moldam o Brasil e sua maior metrópole. Aqui-lá é um convite para perceber como as obras incorporam esses movimentos como matéria, gesto e pensamento, revelando que identidade é sempre algo em transformação”, diz Cauê Alves, curador-chefe do MAM São Paulo.


Em paralelo à mostra Aqui-lá, o Instituto Tomie Ohtake recebe Limiar, primeira exposição individual de Tarik Kiswanson em São Paulo e que integra a programação da Temporada França no Brasil 2025. A iniciativa de intercâmbio cultural é promovida pelo Instituto Francês e pelo Instituto Guimarães Rosa (Itamaraty). A instalação, originalmente concebida para a Sala de Vidro do MAM São Paulo, foi adaptada para ocupar uma sala inteira do Instituto, criando uma intervenção arquitetônica que altera a percepção do espaço.


Nascido em Halmstad, na Suécia, filho de palestinos que viveram o exílio entre Jerusalém, Trípoli e Amã, e radicado em Paris desde 2010, Kiswanson desenvolve sua obra a partir de experiências de migração, metamorfose e memória. Sua produção articula formas e objetos impregnados de histórias pessoais e coletivas, evocando estados de suspensão e transição.


Em Limiar, o artista reúne três elementos em suspensão: uma cadeira da fábrica Móveis Cimo, utilizada em repartições de imigração brasileiras na década de 1950; um cadeiral de igreja católica belga do século XIX, testemunho da circulação colonial de objetos sacros; e Cradle (Berço), uma escultura branca em formato de casulo que sugere origem, ausência e potência de futuro. Unidos na sala expositiva, esses elementos criam um espaço sensível que convida à reflexão sobre identidade, exílio e pertencimento. Mais do que representar narrativas históricas, a instalação propõe uma experiência imersiva e poética em que o visível e o invisível se entrelaçam. 


Essas exposições se inserem em um movimento mais amplo de circulação do MAM São Paulo, que nos últimos meses tem realizado projetos no MAC USP, Fundação Bienal, Sesc Vila Mariana, Cinemateca Brasileira e em espaços de outras cidades. Ao mesmo tempo, reforçam a vocação do Instituto Tomie Ohtake para práticas colaborativas e para o desenvolvimento de iniciativas que ampliam o alcance da arte contemporânea.


Sobre Tarik Kiswanson

Tarik Kiswanson nasceu em Halmstad, Suécia (1986), em uma família palestina exilada. Vive e trabalha em Paris. Formado pela École des Beaux-Arts de Paris e pela Central Saint Martins em Londres, cria formas ovais e objetos suspensos que evocam e tensionam temas como memória e origem. Poeta e artista visual, sua obra investiga noções de errância, desenraizamento e transformação por meio de esculturas, vídeos, poemas e instalações. Seus trabalhos dialogam com a arquitetura e com histórias coloniais e migratórias, criando experiências sensíveis de suspensão e espera. Realizou exposições individuais como A Century, na Kunsthalle Portikus, Frankfurt, Alemanha (2024); Becoming, na Bonniers Konsthall, Estocolmo, Suécia (2023), e Nido, no Museo Tamayo, Cidade do México (2023). Venceu o prestigiado Prêmio Marcel Duchamp, da Association pour la Diffusion Internationale de l'Art Français (2023).


Sobre o Museu de Arte Moderna de São Paulo

Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de cinco mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas. O MAM têm uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo. 


O MAM está temporariamente fora de sua sede no Ibirapuera desde agosto de 2024 devido à reforma da marquise, realizada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo, e o retorno do museu ao Parque está previsto para o segundo semestre de 2025. A programação de exposições do primeiro semestre está sendo apresentada em instituições parceiras como o Centro Cultural Fiesp e o Sesc São Paulo. Acompanhe as atividades do MAM através do site (www.mam.org.br) e pelas redes sociais (@mamsaopaulo). 


Sobre o Instituto Tomie Ohtake

O Instituto Tomie Ohtake é uma instituição cultural dedicada às artes visuais e suas interseções com a educação, a arquitetura e o design, sempre em diálogo com outras linguagens e questões contemporâneas. Sua atuação é pautada pela pesquisa, experimentação e desenvolvimento de exposições e experiências educativas que mobilizam vozes plurais e ampliam o acesso à arte em suas diversas dimensões. Aberto a todas as pessoas, o Instituto repudia qualquer forma de discriminação relacionada a corpos, identidade de gênero, sexualidade ou crenças religiosas. 


Fundado em 2001, na cidade de São Paulo (SP), o Instituto Tomie Ohtake expandiu sua presença por todo o território nacional por meio de projetos educativos, premiações e programas formativos, promovendo o conhecimento e estabelecendo conexões com instituições nacionais e internacionais. 


Em sua programação, as artes visuais se entrelaçam com a educação, a arquitetura e o design, promovendo reflexões sobre questões contemporâneas e vozes diversas. Com uma forte vocação formativa, o Instituto cria oportunidades para educadores e estudantes, conferindo uma dimensão coletiva ao gesto de Tomie Ohtake: abrir territórios para si e para o outro por meio da arte. 


Serviço


MAM São Paulo encontra o Instituto Tomie Ohtake

Local: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropé, 88 - Pinheiros, São Paulo - SP)


Aqui-lá

Exposição coletiva

Período: de 3 de setembro a 2 de novembro de 2025

Curadoria: Ana Roman, Cauê Alves, Gabriela Gotoda e Paulo Miyada

Local: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropé, 88 - Pinheiros, São Paulo - SP)

Visitação gratuita: de terça a domingo, das 11h às 19h — última entrada às 18h


Mais informações: mam.org.br | institutotomieohtake.org.br   


Tarik Kiswanson: Limiar

Exposição individual

Período: de 3 de setembro de 2025 a 25 de janeiro de 2026

Local: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropé, 88 - Pinheiros, São Paulo - SP)


Visitação gratuita: de terça a domingo, das 11h às 19h — última entrada às 18hMais informações: mam.org.br | institutotomieohtake.org.br

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