Exposição “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo”
Exposição

Exposição “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo”

Exposição

  • Nome: Exposição “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo”
  • Abertura: 12 de julho 2025
  • Visitação: até 17 de agosto 2025

Local

  • Local: Centro Cultural UFMG - Sala Celso Renato de Lima e Espaço Experimentação da Imagem
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Avenida Santos Dumont, 174, Centro

57° Festival de Inverno recebe mostra “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo” no Centro Cultural UFMG, em Belo Horizonte


Série de mostras celebram o centenário do gravador



A mostra “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo” acontece a partir do dia 11 de julho de 2025 (sexta-feira), a partir das 19h, durante o 57° Festival de Inverno UFMG, no Centro Cultural UFMG - Sala Celso Renato de Lima e no Espaço Experimentação da Imagem, no Centro de Belo Horizonte.


No mesmo dia, às 17h30, a diretora do Núcleo de Estudos Marcello Grassmann e gravadora/desenhista Zizi Baptista ministra palestra sobre o centenário do artista no auditório do Centro Cultural UFMG. Serão apresentados os aspectos das obras do artista, considerado o maior gravador brasileiro. A entrada é gratuita e tem classificação livre. 


Curada pelo professor adjunto de Gravura em metal no Departamento de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes, UFMG-Belo Horizonte George Rembrandt Gutlich, o evento revela um apanhado de toda a sua obra, mas com foco no marco experimentador, mostrando a importância de se expressar, comprometimento com o fazer; e também uma homenagem do artista Rubens Matuck, com gravuras que ele fez como aluno e amigo do artista Marcello e dos seus irmãos, usando matrizes antigas (em um processo de como gerar imagens policrômicas, em ponta seca).


“A técnica do Marcelo sempre me fascinou. Acompanhei ele em todas as exposições que eu podia, até que fiz as maneiras negras coloridas ou pretas (o próprio Marcelo achava que eu devia fazer só preta)", afirma Rubens Matuck, que ainda teve contato com Aldemir Martins (1922-2006), Otávio Araújo (1926-2015) e Mário Gruber (1927-2011) e teve aulas com o Samson Flexor (1907-1971).


Uma caixa intitulada Grassmannianas, com 45 gravuras, e 60 exemplares, será lançada na ocasião da exposição contendo gravura em metal, xilogravura, litografia e serigrafia, com obras dos artistas convidados Patrícia Montrezol Brandstatter, Paulo André Ferreira de Souza e Ana Elisa Dias Baptista (Zizi).


O projeto é coordenado por George Rembrandt Gutlich, co-coordenado por Eliana Ribeiro Ambrosio Miyoshi, tem os docentes Maria do Carmo de Freitas Veneroso, Marina Romagnoli Bethonico e Ricardo Miranda Burgarelli e os discentes Alice Augusta, Ana Cristina Torres Amorim, Ana Gabrielle Coelho Vieira, Ana Luísa Fanco Greenhalgh de Oliveira, Beatriz Midlej, Clara Affonseca de Carvalho, Clara Luz Vieira, Cláudia Laiza de Oliveira Santos, Dilly Rodrigues Bastos Ximenes, Elena Bueno Ventura, Fernando Costa Ferreira, Gabriela Martins Saldanha, Guilzeppe Francesco, Ian Silva Abreu, Ian Nogueira Assunção, Isabella Rodrigues Fonseca, Ítalo Albert Miranda Carajá, Jéssica Sampaio Augustinho Lopes, Júlia de Oliveira Alves, Júlia Maria Corsino Costa, Juliana Almeida, Lara Araújo Machado, Leonardo Soares de Cerqueira, Leyla Carvalho Cristofaro, Lívia Spinellis Gonçalves Villela, Lorena Oliveira Costa, Luan Hyroshi de Paiva Futemma, Lucas Franco de Carvalho, Lucca Otaviano de Alvarenga Falieri, Luíza Brandão Pereira do Vale, Maria Clara Antunes Garcia, Syl Linhares Trifinelli Veloso, Tobo Eduarda Magalhães e Yurika Renan Morais.



Centenário


A mostra faz parte da programação do centenário do artista gráfico Marcelo Grassmann (1925-2013), que tem organização do Núcleo de Estudos Marcello Grassmann, associação sem fins lucrativos que preserva a memória e divulga a obra do artista nascido em São Simão, no interior de São Paulo.



Campinas, São Simão e São Paulo


Anteriormente, aconteceram as exposições “GRASSMANN PRESENTE -  100 ANOS DE MARCELO GRASSMANN”, em abril, no Instituto Pavão Cultural, em Campinas e “O Gabinete de Marcelo Grassmann”, com curadoria de Luiz Armando Bagolin, em cartaz até o dia 23/06, no Museu Lasar Segall (Ibram/MinC), no bairro da Vila Mariana, em São Paulo. Na sequência, acontecem as mostras na Casa de Cultura Marcelo Grassmann, em São Simão, no interior de São Paulo e, para finalizar, ambas em setembro, no loft do Pedro Hiller - o maior colecionador de obras do Marcelo Grassmann, em São Paulo.



Sobre o curador


George Rembrandt Gutlich é gravador atuante. Professor adjunto de gravura em metal na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Pós doutor em arquitetura pela Faculdade de arquitetura da Universidade de Lisboa. Bacharel em Pintura pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (1989), Especialista em Museologia pelo Instituto de Museologia de São Paulo (1990), mestre em Ciências Ambientais pela Universidade de Taubaté (2003) e doutor em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (2011). Responsável pela administração da biografia, da edição e autenticação das obras de seu pai, o pintor holandês Johann Gütlich (1920-2000).Conselheiro da Editora da UFMG como representante efetivo da área de Artes (mandato 2025-2027). https://share.google/eryTCsWRXKxOdCX1f



Sobre o artista


Marcelo Grassmann nasceu em São Simão, no estado de São Paulo no ano de 1925. Sétimo filho dos nove que a professora D. Elpídia de Lima Brito teve com seu marido Otto Grassmann. A família permanece na cidade até 1932 quando se muda para a capital, São Paulo. Chegando em janeiro, acompanharam toda a movimentação da Revolução Constitucionalista até mesmo os bombardeios ao Campo de Marte, fundos da casa da família na rua Voluntários da Pátria, Zona Norte da cidade.


Permaneceram em Santana até a transferência de D. Elpídia para Vila Clementino entre 1934 e 35. Marcello neste período dividia a escola com as revistas em quadrinhos e olhava do alto o fim da rua para o vale por onde passava o bonde Santo Amaro, com o matagal ladeando a passagem.


Nessa ocasião já reconhecia quase todos os desenhistas das histórias em quadrinhos publicadas na época. Marcello diz que sua obsessão não era tanto pelas histórias, mas pelos vários estilos em que os desenhos eram feitos: “Ainda em São Simão ficávamos fascinados pelas imagens e histórias do Tesouro da Juventude. Então apareceram os suplementos infantis, algumas tentativas nacionais de desenhos tipo Tico-Tico que eram historietas baseadas em protótipos europeus e americanos, porém com uma temática nacional, e nesta salada de estilos e figuras imaginativas a criança que fui ficava fascinada pela movimentação das imagens”.


Uma transferência de D. Elpídia levou a família para um novo endereço, rua Cônego Eugênio Leite, zona oeste da cidade, a dois quarteirões do Cemitério São Paulo no ano de 1938. Os caminhos do menino passavam por onde ficavam as oficinas dos escultores de túmulos e mesmo dentro do cemitério onde uma miscelânea de esculturas desde Victor Brecheret até os acadêmicos mais chatos foram parte da sua formação. A mãe, professora, conhecia o diretor do Instituto Profissional Masculino onde havia os cursos de orientação profissional para jovens que tivessem acabado o primário e começassem a procura de uma carreira ou aprendizado, técnico ou artístico. Como não havia um curso de escultura propriamente dito, Marcello opta pelo entalhe que na época lhe pareceu mais próximo. Furtivamente frequentava as aulas de pintura e escultura. Deste período ficaram os amigos Octavio Araújo e Luís Sacilotto.


Terminado o Instituto, formado e desempregado. O desencontro entre o ensino e a realidade da profissão de entalhador deixaram Marcello com uma nova procura, a expressão artística conjuntamente com a ampliação de interesses. De 1939 a 1942 duas exposições marcam os jovens egressos do Instituto Profissional Masculino: artistas franceses impressionistas, modernos, contemporâneos e românticos, na segunda a pintura abstrata. Nesta altura os jovens já tem contato pessoal com artistas do modernismo brasileiro: Bonadei e Flávio de Carvalho. A década de quarenta avança trazendo a primeira exposição no Rio de Janeiro, em 1949 muda-se para esta cidade onde frequenta as aulas de Henrique Oswald. Em uma individual sua conhece pessoalmente Oswaldo Goeldi de quem admirava o trabalho desde os tempos do Instituto, via suas ilustrações para o Suplemento Literário do jornal A manhã do Rio de Janeiro.


1951 chega, os jovens Marcello, Aldemir (Martins) e Franz (Franz Krajcberg) trabalham como operários na montagem da primeira Bienal de São Paulo participando também com suas obras, a Marcello é dedicado o prêmio aquisição. Finda a Bienal segue para a Bahia com Mario Cravo que conhecera no evento, esperando por eles algo como vinte pedras litográficas, presente ao artista baiano de Ciccillo Matarazzo. Conhecedor dos rudimentos desta arte, aprendida com Poty em 49 no Liceu do Rio de Janeiro, mesmo sem prensa as pedras são usadas e impressas com colher, como xilogravuras.


1954 quando finalmente chega o dinheiro da bolsa, ganha em 1952 no Salão Nacional, segue para o velho continente. Quarenta litografias, dois cadernos e dois anos depois volta ao Brasil. Mora em Santo Amaro, próximo ao Cemitério Campo Grande. Lá Marcello desenvolve a maior parte de sua obra de desenhista e gravador. Forma dois irmãos impressores, Otto (falecido) e Roberto. Participa de outras Bienais nacionais e internacionais, expõe também dentro e fora do país. Em 1979 é inaugurada a Casa de Cultura Marcello Grassmann onde moravam seus avós em São Simão. Muda-se para sua chácara na grande São Paulo em meados dos anos oitenta. Várias são as exposições, individuais e coletivas neste período. Reconhecido como o mais proeminente gravador e desenhista nacional corre o mundo com seus trabalhos.


Na Pinacoteca do Estado de São Paulo está o maior conjunto de suas gravuras compradas em 1969 pelo governador Abreu Sodré. Destacam-se as exposições em comemoração aos 25 anos de gravura no MAM\ SP (1969), 40 anos de gravura, Pinacoteca do Estado de São Paulo (1984). O mundo Mágico de Marcello Grassmann em comemoração aos seus 70 anos, MASP \ SP (1995). Marcello Grassmann, desenhos. Instituto Moreira Salles, SP\RJ\MG (2006). Sombras e sortilégios, MON \ Curitiba, PR (2010). Segue trabalhando até sua morte em junho de 2013.



Sobre o Núcleo de Estudos Marcello Grassmann


Marcello Grassmann é reconhecido como um dos protagonistas das artes gráficas no Brasil, assim, exemplificam os muitos prêmios que lhe foram atribuídos nos mais de 70 anos de atividade. Estudá-lo, significa, portanto, dar visibilidade à uma parte significativa da arte brasileira: a gravura e o desenho. A obra grassmanniana se faz presente em museus brasileiros, internacionais e coleções particulares, uma parcela dela permaneceu em propriedade do artista durante toda sua vida. São estes os que chamamos de os Grassmanns de Marcello.


Esse singular acervo foi legado a Ana Elisa (Zizi) Baptista, gravadora e companheira do artista por 17 anos, que decidiu não apenas preservá-lo, mas também ampliá-lo por meio de aquisições totalizando aproximadamente 1000 obras, incluídos também entalhes, matrizes, ferramentas e objetos pessoais, além da biblioteca particular do artista e livros com referências a este e sua geração.


O "Núcleo" é uma instituição sem fins lucrativos e tem como objetivos preservar a memória do artista, promover a pesquisa da obra grassmanniana por meio de mesas de estudo, debates, gravação de entrevistas, como também a difusão de seu acervo através da publicações de livros e exposições cumprindo um importante papel às artes gráficas brasileira. https://www.nucleomarcellograssmann.org.br



Sobre o 57° Festival de Inverno UFMG


Com o tema "Culturas e universidade", a edição deste ano - que acontece de 10 a 19 de julho, propõe um olhar para os avanços do campo cultural nas universidades federais brasileiras, destacando a UFMG e os três anos da criação de sua Pró-reitoria de Cultura (Procult), oficializada em resolução de junho de 2022. Essa longa história abarca os 100 anos da Escola de Música, os 99 anos do Conservatório, os 57 anos do Festival de Inverno, os 36 anos do Centro Cultural, os 15 anos do Espaço do Conhecimento, entre tantos espaços, museus, programas e projetos. Os espetáculos de música, teatro, dança, performance, rodas de conversa, seminário, oficinas e exposições vão ocupar o campus Pampulha e outros espaços culturais da UFMG – Centro Cultural, Conservatório, Espaço do Conhecimento e Museu Casa Padre Toledo, em Tiradentes.

https://ufmg.br/comunicacao/noticias/57-festival-de-inverno-destaca-avancos-das-universidades-no-campo-da-cultura 



Sobre o Centro Cultural UFMG


O Centro Cultural UFMG é um espaço destinado a atividades multiculturais, a experimentações e pesquisas artísticas, vinculado à Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O seu objetivo é promover a aproximação entre a universidade e a sociedade, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, nos campos da arte e da ação cultural.


Localizado na região central de Belo Horizonte, o órgão tem como sede o edifício Alcindo da Silva Vieira,tombado como patrimônio histórico pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), em 1988. O prédio integra o Conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Praça Rui Barbosa – Praça da Estação, importante corredor cultural da capital mineira.


O espaço passou a fazer parte do acervo patrimonial da UFMG em 1927, abrigando a Escola de Engenharia (antigo Instituto de Eletrotécnica) e, somente em 1989, na gestão do reitor Cid Veloso, foi inaugurado como Centro Cultural UFMG. https://www.ufmg.br/centrocultural/



SERVIÇO RÁPIDO

Centenário Marcello Grassmann


mostra “Centenário Marcello Grassmann e homenagem de Rubens Matuck ao mestre amigo ” - 57° Festival de Inverno UFMG

curadoria: George Rembrandt Gutlich

abertura: 11 de julho de 2025 (sexta-feira), às 19h

palestra com Zizi Baptista: 11 de julho de 2025 (sexta-feira), às 17h30

(auditório Centro Cultural UFMG)

visita: 12 de julho a 17 de agosto de 2025

Terça à sexta, 9h às 20h

Sábado, domingo e feriados, 9h às 17h

quanto: gratuito e livre


local: Centro Cultural UFMG - Sala Celso Renato de Lima e Espaço Experimentação da Imagem

Avenida Santos Dumont, 174

Centro – Belo Horizonte – MG - 30111-040

tel: (31) 3409-8291

site: https://www.ufmg.br/centrocultural/espacos/


redes sociais

Núcleo de Estudos Marcello Grassmann @nucleomarcellograssmann

Zizi Baptista @zizibaptista

George Rembrandt Gutlich @georgegutlich

Centro Cultural UFMG @centroculturalufmg

57° Festival de Inverno UFMG @festival_ufmg


créditos

Marcos Vilas Boas / Divulgação


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