Exposição "Cadência, Jean Araújo"
Exposição

Exposição "Cadência, Jean Araújo"

Exposição

  • Nome: Exposição "Cadência, Jean Araújo"
  • Abertura: 19 de novembro 2022
  • Visitação: até 10 de dezembro 2022
  • Galeria: Galeria Zilda Fraletti

Local

  • Local: Galeria Zilda Fraletti
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Av. Batel, 1750 lojas 07, 08, 10 e 12

A arte aloja em si inúmeros processos. Tais processos são mediados pela experimentação e o fazer artístico, que transcreve em sua trajetória mecanismos perceptivos construídos a partir da experiência estética do artista e intermediados pelas diferentes experiências do observador. Esta mediação se dá pela trajetória construída ao longo da vida de ambos os lados.


Sendo assim, buscamos ver para experimentar diferentes complexidades da autonomia artística em confrontamento com a realidade da vida.


Ver é buscar sentido.


Jean Araújo, artista visual, nos propõe em suas obras que é preciso tempo e cuidado para vermos sua grande capacidade de trabalhar com a cor e suas relações. Ver as obras de Araújo nos torna conscientes da subjetividade da percepção através do jogo de cores e estruturas matematicamente pensadas e usadas pelo artista em suas inúmeras variações cromáticas.
Estas cores são produzidas pelo artista e aplicadas sobre papel e, posteriormente, recortadas em círculos com cuidado e exatidão. Os círculos possuem uma grande variação de cores que são ora luminosas, ora rebaixadas pelo uso do branco, criando assim um degradê tonal.


A organização destes círculos coloridos, justapostos no sistema de grade, e a estrutura usada pelo artista seguem uma forma mental. O artista faz um estudo da cor a partir da mistura cromática, pensando assim a sua gradação, e buscando o efeito óptico através da reflexão da luz sobre as cores. Araújo materializa o que segundo Da Vinci é “cosa mentale”, propondo assim a tradução da experiência mental em materialidade, forma e cor.


A estrutura que sustenta os círculos de cores se dá pela aplicação de pregos sobre madeira, pensados em diferentes profundidades que nos propõem a experiência da planicidade da superfície ao nos distanciarmos dela. Já ao nos aproximarmos da obra, temos a possibilidade da tridimensionalidade. Araújo também nos propõe a ideia de flutuação dos círculos, mediados pela sobreposição das cores na estrutura.


Para se entender a produção de Jean Araújo, é necessária a codificação do que é superfície e seu signo externo, o que permitirá a interpretação de sua produção, levando assim o observador a refletir sobre o objeto artístico, sua relação com o artista e a fusão entre eles.


Sendo assim, aquilo que vemos passa a viver em nós pelo que nos olha.
Portanto, nossos olhos tocam a superfície da obra, transmitindo para o cérebro a imagem dos volumes, das reentrâncias, dos vazios e das cores. Assim, tentamos codificar tais informações, na tentativa de experimentar o quanto o que nos é apresentado realmente está ali, e para isto necessitamos de tempo e atenção…


Precisa-se de tempo para se ver a obra de Araújo. Estar diante dela é estar diante do tempo do artista, do tempo de sua criação e elaboração; são espaços de reflexões, indagações e experiências que nos remetem à própria vida do artista através de suas escolhas e interesses na arte.


Jean Araújo nos propõe objetos que apontam para a imersão dos sentidos, com novas visualidades, desenvolvendo novas narrativas através de formas, de novas estruturas e da cor.

DIDI-HUBERMAN, G. O Que Vemos, O Que Nos Olha. São Paulo: Editora 34, 2010.


Serviço

De 17/11 /2022 a 10/12/2022

Horário 19h às 22h

Galeria Zilda Fraletti

Av. Batel, 1750 lojas 07, 08, 10 e 12

Design Center Curitiba - PR - Brasil

Informações:  http://www.zildafraletti.com.br






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