

Exposição "As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar", individual de Fernanda Galvão
Exposição
- Nome: Exposição "As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar", individual de Fernanda Galvão
- Abertura: 20 de junho 2023
- Visitação: até 29 de julho 2023
Local
- Local: Casa Triângulo
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Estados Unidos 1324, São Paulo,
A FICÇÃO CIENTÍFICA DE FERNANDA GALVÃO
A primeira individual de Fernanda Galvão na Casa Triângulo, intitulada As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar, adensa as relações entre a produção da artista e a literatura de ficção científica. O romance A Curva do Sonho, publicado em 1971 por Ursula K. Le Guin, é o ponto de partida da exposição, a começar com o título, frase emprestada do livro. A escritora norte-americana teve uma relevante atuação no combate à ideia de que ficção científica e fantasia seriam estilos literários de menor valor.
A exposição traz pinturas de larga escala em que Galvão dá andamento à sua pesquisa pictórica, com paletas de cores expansivas, a partir das quais constroi lugares com climas e atmosferas distintos. A artista também exibe pela primeira vez uma pintura em biombo, em que explora as noções de dualidade e antagonismo e aprofunda seu interesse e estudos sobre a tradição de pintura em biombos no Japão e Coreia do Sul, após recentemente realizar uma exposição individual na galeria sul coreana Foundry Seoul.
Além disso, a individual apresenta pinturas de menor escala, em que Fernanda Galvão assume o fundo da tela como elemento pictórico e explora relações entre desenho e pintura. Estas pinturas são articuladas na maior parede do espaço da Casa Triângulo, como um conjunto que pode se separar e/ou se rearticular de diferentes formas, tendo em vista que o universo representado pela artista tem como única constante as ideias de transformação, mutação e instabilidade.
A mostra tem curadoria de Luana Fortes, que desenvolveu um texto mais experimental com o objetivo de que ele não apenas fale sobre o trabalho da artista de maneira acessória, mas se integre à sua lógica interna e se torne efetivamente parte da exposição. O texto mescla a própria escrita de ficção científica com a de um texto de curadoria tradicional.
A montagem da exposição também foi pensada de modo a se relacionar conceitualmente com a produção de Galvão. Paredes da galeria serão revestidas do mesmo material usado como tela pela artista, produzindo uma lógica circular, na medida em que serão utilizados posteriormente como suporte para futuros trabalhos.
Em "As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar", Fernanda Galvão apresenta os caminhos que seu trabalho tem tomado nos últimos anos, quando mergulhou mais atentamente à sua produção pictórica, revelando procedimentos em que experimenta com outros formatos, tamanhos e modos de ocupar a tela. A exposição marca a aproximação da obra da artista com a ficção científica, assumindo a lógica de criação de mundos da literatura fantástica. Um mundo tão próximo quanto distante do que se vive agora.
FERNANDA GALVÃO [nasceu em 1994, São Paulo, Brasil. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil]. Graduou-se em Artes Visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil. Suas principais exposições individuais são: As colinas murmuravam e sonhavam em cair no mar, com curadoria de Luana Fontes, na Casa Triângulo, São Paulo, Brasil [2023]; Oyster Dream, na Foundry Seoul, Seul, Coréia do Sul [2023], além de Papila Sobremesa Tutti-Frutti, parte do programa de exposições simultâneas do Museu de Arte de Ribeirão Preto [2021]; Destacam-se as seguintes exposições coletivas: Ópera Citoplasmática, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil [2022]; The Open Palm of Desire: Gary Komarin and Fernanda Galvão, Trisivrikos, Londres, Inglaterra [2022]; Por muito tempo acreditei ter sonhado que era livre, com curadoria de Pryscila Gomes, parte do programa Arte Atual, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil [2022]; Form der unruhe, curadoria de Luisa Telles, La Dons Gallery, Hamburgo, Alemanha [2022]; Metamorphoses, curadoria de Dimitrios Tsivrikos, Neon Gallery, Londres, Inglaterra [2021]; Re-rooting: Daisy Murphy Youth Dance, curadoria de Olivia Bright, Folkestone, Inglaterra [2021]; Mythologies, com curadoria de Dimitrios Tsivrikos, Neon Gallery, Londres, Inglaterra [2021]; E nesse ano a noite preta prega a porta, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo, Brasil [2018]. Participou dos seguintes Salões de Arte: 17º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos, Guarulhos, Brasil [2021]; 17º Salão Ubatuba de Artes Visuais, Ubatuba, Brasil [2021]; 49º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto; Paço Municipal, Santo André, Brasil [2021]; 44º Salão de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil [2019], no qual recebeu o Prêmio Aquisição; 47º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, Paço Municipal, Santo André, Brasil [2019], no qual também recebeu o Prêmio Aquisição; 28º Mostra de Arte da Juventude, Sesc Ribeirão Preto, Ribeirão Pretos, Brasil [2017].
Serviço
FERNANDA GALVÃO . AS COLINAS MURMURAVAM E SONHAVAM EM CAIR NO MAR
EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL . CURADORIA DE LUANA FORTES
ABERTURA 17.06.2023 DAS 14H ÀS 18H
PERÍODO DA EXPOSIÇÃO 20.06.2023 - 29.07.2023
TERÇA A SEXTA DAS 10H ÀS 19H . SÁBADO DAS 10H ÀS 17H