

Exposição "Antonio Maia: símbolos mágicos"
Exposição
- Nome: Exposição "Antonio Maia: símbolos mágicos"
- Abertura: 10 de junho 2025
- Visitação: até 02 de agosto 2025
Local
- Local: Galatea Padre João Manuel
- Evento Online: Não
- Endereço: Rua Padre João Manuel, 808 – Jardins
A Galatea apresenta Antonio Maia: símbolos mágicos, individual com pinturas inspiradas nos Arcanos Maiores do tarô
Exposição reúne reinterpretações dos 22 Arcanos Maiores do tarô, explorando simbolismos esotéricos e a religiosidade popular nordestina na obra de Antonio Maia.
A Galatea inaugura a exposição Antonio Maia: símbolos mágicos, que reúne uma série inédita de pinturas do artista sergipano Antonio Maia (1928-2008). A mostra acontece na unidade da galeria na Rua Padre João Manuel, 808, em São Paulo, e ficará em cartaz até 2 de agosto de 2025.
A exposição destaca o olhar singular de Maia sobre os 22 Arcanos Maiores do tarô, símbolo místico e esotérico que atravessa sua produção artística. A partir de uma experiência com o tarólogo Namur Gopalla em 1986, o artista aprofundou uma pesquisa intuitiva que já vinha construindo, integrando também referências à astrologia, cabala e alquimia.
Na abertura, o curador e crítico de arte Lucas Dilacerda, que também assina o texto crítico da mostra, conduz uma visita mediada pelo tarô (das 18h às 19h), propondo uma leitura coletiva sensível das obras e do universo simbólico que Maia explorou.
Natural do interior de Sergipe, Antonio Maia construiu uma obra marcada pelo diálogo entre a religiosidade popular nordestina e as linguagens visuais contemporâneas. Sua produção é reconhecida principalmente pelos ex-votos, tema que permeou seu trabalho por mais de 30 anos, mas nesta série, ele amplia sua abordagem, incorporando elementos do imaginário esotérico e místico, criando uma ponte entre o popular e o pop, como define o curador, que chama essa atmosfera de “surrealismo nordestino”.
Dilacerda destaca: “Em momentos de crise social, afetiva e ambiental, buscamos nos saberes ancestrais e místicos uma alternativa à ciência moderna ocidental. O tarô nos convida a olhar para dimensões da vida muitas vezes ignoradas e nos convoca à vida.”
Esta é a quarta vez que a série de pinturas do tarô de Antonio Maia é apresentada ao público, tendo sido exibida anteriormente em exposições na Galeria Bonino (1993), no Museu Chácara Dona Catarina (2000) e no Centro Cultural dos Correios (2008), em mostra póstuma.
Sobre o artista
Antonio Maia (Carmópolis, SE, 1928 — Rio de Janeiro, RJ, 2008) iniciou a sua carreira artística como autodidata no final da década de 1950, pintando com foco na abstração informal e utilizando técnicas de texturização, colagens e cores terrosas. Sem formação acadêmica formal, desenvolveu sua prática por meio de intensa pesquisa pessoal e participação em cursos livres de cerâmica, fotografia, canto e teatro. A pintura foi sua principal linguagem ao longo de cinco décadas de trajetória.
Sua produção é marcada por uma virada fundamental em 1964, quando abandona a abstração para se dedicar à representação do ex-voto nordestino, tema que permeia toda a sua obra posterior. Em suas telas, figuras simplificadas, cores chapadas e composições econômicas revelam um equilíbrio entre religiosidade popular e uma linguagem visual contemporânea. Desenvolveu também séries sobre o Tarô, a Via Sacra e simbologias ligadas às ciências ocultas. Sua pintura, ao mesmo tempo rigorosa e afetiva, expressa uma tensão contida entre o sagrado e o mundano, com ecos de denúncia social e reflexão sobre as raízes da cultura brasileira.
Entre suas exposições de destaque estão Antonio Maia: Ex-voto, Alma e Raiz (Caixa Cultural, Rio de Janeiro, 2016), O Tarô de Antonio Maia (Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, 2008), O Tarô de Antonio Maia (Galeria Bonino, Rio de Janeiro, 1993), e a mostra retrospectiva no Centro Cultural Lume (Rio de Janeiro, 1974). Participou ainda da IX Bienal de São Paulo (1967) e da coletiva Arte Agora II / Visão da Terra (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1977). Sua obra integra coleções públicas como o Museu Nacional de Belas Artes (RJ), Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Ontário (Canadá) e Art Gallery of Brazilian American Cultural Institute (Washington DC, EUA). Entre os principais reconhecimentos estão o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro (1969), o Prêmio de Viagem ao País (1968) e o Prêmio Banco Lar Brasileiro na Bienal de São Paulo (1967).
Sobre o curador
Lucas Dilacerda é Curador e Crítico de Arte. É sócio da AICA - The International Association of Art Critics; e também da ABRE - Associação Brasileira de Estética, da ABCA - Associação Brasileira de Críticos de Arte e da ANPAP - Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (Comitê de Curadoria). Ganhou o prêmio ABCA 2023 pelo destaque regional no Nordeste com a curadoria da Bienal Internacional do Sertão. Comitê de Indicação do Prêmio PIPA (2025). Realizou mais de 50 curadorias de exposições coletivas e individuais, 70 cursos e 200 apresentações em diversas instituições de arte no Brasil. Possui mais de 50 textos, críticas de arte e artigos publicados. É professor de “Estética” e “História da Arte” de Cursos Técnicos do Dragão do Mar e da Pós-Graduação em Arteterapia e Arte-Educação da UNIFOR. Doutorado, Mestrado e Graduação em Artes.
Sobre a Galatea
Sob o comando dos sócios Antonia Bergamin, Conrado Mesquita e Tomás Toledo, a Galatea conta com dois espaços vizinhos na cidade de São Paulo: a unidade localizada na Rua Oscar Freire, 379 e a nova unidade localizada na Rua Padre João Manoel, 808. A galeria também tem uma sede em Salvador, na Rua Chile, 22, no centro histórico da capital baiana.
A Galatea surge a partir das diferentes e complementares trajetórias e vivências de seus sócios-fundadores: Antonia Bergamin, que foi sócia-diretora de uma galeria de grande porte em São Paulo; Conrado Mesquita, marchand e colecionador especializado em descobrir grandes obras em lugares improváveis; e Tomás Toledo, curador que contribuiu para a histórica renovação institucional do MASP, saindo em 2022 como curador-chefe.
Com foco na arte brasileira moderna e contemporânea, trabalha e comercializa tanto nomes consagrados do cenário artístico nacional quanto novos talentos da arte contemporânea, além de promover o resgate de artistas históricos. Idealizada com o propósito de valorizar as relações que dão vida à arte, a galeria surge no mercado para reinventar e aprofundar as conexões entre artistas, galeristas e colecionadores.
Serviço
Exposição: Antonio Maia: símbolos mágicos
Abertura: 10 de junho de 2025, das 18h às 21h
Visita mediada: 10 de junho, das 18h às 19h, com Lucas Dilacerda
Local: Galatea Padre João Manuel – Rua Padre João Manuel, 808 – Jardins, São Paulo – SP
Período: 10 de junho a 2 de agosto de 2025
Horários: Segunda a quinta, 10h–19h | Sexta, 10h–18h | Sábado, 11h–17h
Mais informações: www.galatea.art
Instagram: @galatea.art_