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Exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil”
Exposição

Exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil”

Exposição

  • Nome: Exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil”
  • Abertura: 29 de outubro 2024
  • Visitação: até 26 de janeiro 2025

Local

  • Local: MAB - FAAP
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo

Exposição inédita “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil” estreia dia 29 de outubro no MAB FAAP

 

Mostra que reúne mais de 100 obras de artistas afrodescendentes de Brasil e Estados Unidos, conta com curadoria conjunta da brasileira Ana Beatriz Almeida e da norte-americana Lauren Haynes, além da direção artística de Marcello Dantas 


 

São Paulo, outubro de 2024 – A exposição inédita “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil” aborda as relações entre os dois países sob a ótica da diáspora africana e como ela está presente nas artes visuais. Sediada no Museu de Arte Brasileira da FAAP, a mostra gratuita reúne 132 obras de grandes artistas de ambos os países.

 

Com expografia orgânica, a mostra, que ficará em cartaz de 29 de outubro até 26 de janeiro de 2025, oferece reflexões sobre a afirmação do corpo, a dimensão onírica dos sonhos e a reivindicação de espaço. Através desses três eixos – corpo, sonho e espaço – "Ancestral" promove um encontro que valoriza o conceito de identidade afro-americana no Brasil e nos EUA e da arte decolonial. A exposição não apenas homenageia os artistas que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, mas também busca fomentar um diálogo aberto sobre o impacto e a relevância das raízes africanas ancestrais na sua formação e em seus contextos sociais.

 

A partir dessas provocações, o projeto propõe uma perspectiva renovada sobre o mundo e uma nova forma de existir, imaginadas pelo grupo de artistas participantes. Este processo criativo possibilita uma movimentação simultânea entre passado e futuro, trançando as linhas ancestrais que sustentam a cena da arte contemporânea e ressaltando as produções atuais que, no futuro, poderão emergir como precursoras de expressões de vida ainda não experimentadas.

 

“Nós nos deixamos guiar pelos grupos e comunidades da diáspora africana que reimaginaram o conceito de servidão nessas nações coloniais para as quais foram trazidas, contribuindo de maneira significativa para a construção da identidade nacional desses lugares. A partir da ideia de seres humanos que reinventam sua existência em um ambiente hostil, selecionamos artistas que evocam essa invenção, essa transformação, e esse processo de 'tornar-se' como uma poderosa ferramenta, poética e estética”, comenta a curadora brasileira Ana Beatriz Almeida.

 

Para a curadora norte-americana Lauren Haynes, a oportunidade de trabalhar com Ana Beatriz “para apresentar o trabalho de artistas afro-americanos ao lado do trabalho de artistas afro-brasileiros foi uma ótima chance de explorar conexões e práticas distintas de artistas negros atuando em dois lugares muito diferentes. Espero que os visitantes saiam da exposição tendo aprendido sobre novos artistas e novas formas de fazer arte”.

 

A exibição acontece no ano que marca o bicentenário das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. “A decisão de colocar a arte afrodescendente no centro dessa comemoração é muito importante e destaca o complexo legado que tanto os Estados Unidos quanto o Brasil compartilham como resultado de nossas histórias com a escravidão. Em 1824, os Estados Unidos e o Brasil tinham as maiores populações de africanos escravizados. Duzentos anos depois, nossos atuais governos estão trabalhando juntos no relançamento do Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para Eliminar a Discriminação Racial e Étnica e Promover a Igualdade (JAPER). Estou certa de que esta exposição vai nos inspirar a intensificar nossos esforços na luta para acabar com o racismo”, disse a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.

 

Sob esse pano de fundo histórico, a exposição reúne 73 artistas de grande relevância no cenário internacional das duas nações. Dentre eles, os trabalhos inéditos das brasileiras Gabriella Marinho e Gê Viana, e da norte-americana Simone Leigh, que traz uma obra nova de sua coleção pessoal. Natural de Chicago, a artista reconhecida internacionalmente é a primeira mulher afro-americana a representar os Estados Unidos na Bienal de Veneza. O também norte-americano Nari Ward, que já teve a oportunidade de se apresentar no Brasil, é outro nome que traz para a mostra um trabalho criado em solo brasileiro exclusivamente para a ocasião. O artista incorpora em suas obras objetos do cotidiano, enriquecendo assim o intercâmbio artístico entre as nações.

 

Também fazem parte da curadoria de “Ancestral” nomes como Abdias do Nascimento, ícone do ativismo cultural no Brasil, amplamente reconhecido por suas contribuições à valorização da cultura afro-brasileira e por ter sido agraciado com o Prêmio Zumbi dos Palmares. Entre os artistas norte-americanos, Kara Walker se destaca com sua arte provocativa, que examina questões históricas e sociais e lhe rendeu o prestigiado Prêmio MacArthur. Julie Mehretu é outra presença significativa, reconhecida por suas complexas pinturas que estabelecem um diálogo com a geopolítica atual, acumulando uma série de prêmios ao longo de sua carreira. Complementando esse panorama, a brasileira Rosana Paulino, premiada com o Prêmio PIPA, traz um olhar crítico sobre raça e identidade, ressaltando a diversidade e a profundidade das vozes representadas na mostra.

 

Ainda se somam a eles nomes como o da jovem artista Mayara Ferrão, que utiliza a inteligência artificial para repensar cenas de afeto entre pessoas negras e indígenas não contadas pela “história tradicional”; e o sergipano Bispo do Rosário, com seus mantos bordados e objetos que transcenderam o tempo e subverteram o conceito de beleza e loucura. Reforçando o diálogo poderoso sobre identidade, cultura e história, e refletindo a complexidade da experiência humana, vemos a inclusão das obras de Kerry James Marshall, Carrie Mae Weems e Betye Saar. 

 

"Ancestral" investiga as narrativas entrelaçadas entre Brasil e Estados Unidos, por meio da lente da arte, que transcende fronteiras geográficas e culturais, evocando a sensação constante de estar em um espaço desconhecido e lembrar de outro lugar, como em uma viagem a Salvador, onde pessoas e lugares poderiam ser confundidos com Nova Orleans. “A palavra ‘ancestral’ é comum tanto em inglês quanto em português. É essa origem compartilhada que buscamos evidenciar na arte contemporânea, algo que ultrapasse as barreiras geográficas, linguísticas e culturais. A exposição ‘Ancestral’ demonstra que, mesmo diante de tanta dor, sofrimento e com todo distanciamento de séculos de diáspora africana, sua arte persiste na capacidade de manter uma chama acesa ao longo do tempo”, destaca o diretor artístico da mostra, Marcello Dantas.

 

Com apoio da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil” tem patrocínio do Bradesco, Caterpillar, Instituto CCR, Citi, Itaú Unibanco, Whirlpool e Bank of America – que cedeu 52 obras de seu acervo para a mostra. Além dele, o Museu Afro Brasil também cedeu obras de sua coleção para a ocasião.

 

“Com a exposição ‘Ancestral: Afro-Américas’, a parceria da FAAP com a Embaixada dos Estados Unidos, que já vem de longa data, ganha um novo capítulo. Fato ainda mais relevante neste ano de comemoração ao bicentenário das Relações diplomáticas com o Brasil. Estamos felizes em levar ao público novas reflexões e olhares sobre a ancestralidade em comum aos dois países”, afirma a Conselheira do MAB FAAP, Pilar Guillon Liotti.

 


Serviço:

Exposição “Ancestral: Afro-Américas - Estados Unidos e Brasil”

Direção Artística: Marcello Dantas

Curadoria: Ana Beatriz Almeida e Lauren Haynes

Patrocínio: Bradesco, Caterpillar, Instituto CCR, Citi, Itaú Unibanco, Whirlpool e Bank of America 

Período: de 29 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025

Local: MAB - FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo

Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 18h. Fechado às segundas-feiras.

Entrada gratuita.

Mais informações: (11) 3662.7198 



Lista de Artistas:

Abdias do Nascimento Flavio Cerqueira Melvin Edwards

Agnaldo Manuel dos Santos Fred Wilson Mestre Didi

Aline Motta Gabriella Marinho Moises Patricio

Amara Smith Gary Simmons Monica Ventura

Amy Sherald Gê Viana Murry Depillars

Ana Beatriz Almeida Hank Willis Thomas Nádia Taquary

Andrea Chung Heitor dos Prazeres Nari Ward

Aretha Sadick Heloisa Hariadne Paulo Nazareth

Barbara McCullough Isa do Rosário Renata Felinto

Benny Andrews Jaime Lauriano Rosana Paulino

Betye Saar Jayme Figura Rubem Valentim

Bispo do Rosário Jordan Casteel Sam Gilliam

Carlos Martiel José Adário do Santos Sebastião Januário

Caroline Kent Jota Mombaça Sérgio Soarez

Carrie Mae Weems Julie Mehretu Sidney Amaral

Charles Gaines Kara Walker Simone Leigh

Charles White Kerry James Marshall Siwaju

Dalton Paula Kevin Beasley Sonia Gomes

Davi de Jesus do Nascimento Leonardo Drew Tassila Custodes

David Huffman LeRoi Johnson Tracy Collins e Eneida Sanches

Dawoud Bey Lita Cerqueira Wardell Milan

Diambe Lorna Simpson Whitfield Lovell

Emanuel Araujo Martin Puryear Yashua Klos

Faith Ringgold Mayara Ferrão


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