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Exposição "A.A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos"
Exposição

Exposição "A.A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos"

Exposição

  • Nome: Exposição "A.A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos"
  • Abertura: 11 de junho 2022
  • Visitação: até 08 de julho 2022

Local

  • Local: Galeria Millan
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Fradique Coutinho 1360/1416. São Paulo, Brasil.

A.A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos

 

Abertura: 11 de junho, sábado, 11h às 15h | Visitação: 13 de junho a 8 de julho de 2022

 

A Galeria Millan traz ao público uma série inédita de desenhos de Artur Barrio na exposição A. A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos. Produzidos ao longo de 2016, as obras causam perplexidade e atentam contra o comodismo do espectador diante da cena, é o que afirma Paulo Venancio Filho, crítico e curador que assina a curadoria da mostra.

Ao entrar na exposição, o visitante se depara com elementos cenográficos que aludem ao inconformismo presente nos desenhos expostos. “Barrio manipula elementos que desacordam o bem-estar. Invectivas desabridas atiradas contra um mundo falsamente domesticado, despudoradas e autênticas, sem fazer concessões, escancaradas. Românticas? Talvez. Revoltantemente românticas, então, a contrapelo do bom-tom apaziguante. Sem contar o humor que se mistura à falta de decoro – combinação insolente”, reflete o curador.

Na exposição, o artista assina com seu heterônimo A. A. Barrio e explica que “desde 1966, os desenhos, pinturas e alguns objetos são assinados dessa maneira”. Ele conta que em 1969 surge Barrio, que mais tarde passa a ser Artur Barrio nos Trabalhos, Situações, Cadernos, Livros. “A.A. Barrio, com a venda de seus desenhos, financiou os trabalhos de Barrio, posteriormente Artur Barrio no final da década de 1960 e durante toda a década de 1970 inclusive a de 1980. Nada mais justo que homenageá-lo com essa exposição na Galeria Millan”, explica o artista.

Nascido em Portugal e radicado no Brasil desde 1955, Barrio hoje vive entre os dois países desde 1974. É um defensor da arte efêmera e contestatória. Embarcou na cena de arte brasileira na década de 1960, em meio ao frenesi em torno da arte experimental que marcava a produção do período, e já na época, estabeleceu um novo paradigma ao direcionar sua prática transgressora para a ruptura radical da obra monolítica e dissociada da vida.

Interessa ao artista refletir e provocar sobre o modo normativo de viver e os nexos causais por meio de trabalhos que se inserem no campo de “terrorismo poético”. São comuns em seus trabalhos o uso de materiais orgânicos como papel higiênico, dejetos humanos, sangue e ossos, elementos que evidenciam seu intento em jogar a arte ao ponto terminal de seu destino: a rua, o esgoto e o lixo.

Os desenhos apresentados agora, em A. A. Barrio: Desenhos Psico-Alcoólicos, compõem uma espécie de diário, ou álbum, repleto de anotações do artista. Feita com nanquim e lápis de cor sobre um papel de iguais dimensões, é como se a série congelasse momentos de um fluxo de consciência que abarca erotismo, brutalidade e revolta contra o mundo.

São, segundo Venancio, reações à monotonia do dia a dia. “Não pretendem, não têm pretensões além de ser o que são: um anedotário privado, ácido, corrosivo, divertido, e popular, de comunicação imediata – avesso das linguagens artísticas contemporâneas”, afirma o curador.

Ao longo do período expositivo, a Galeria Millan lança uma publicação que traz um compilado dos desenhos e um texto assinado por Paulo Venancio Filho.

 

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