Exposição individual "gravuras e pinturas", de Lena Bergstein
Exposição

Exposição individual "gravuras e pinturas", de Lena Bergstein

Exposição

  • Nome: Exposição individual "gravuras e pinturas", de Lena Bergstein
  • Abertura: 05 de julho 2025
  • Visitação: até 23 de agosto 2025
  • Galeria: Galeria Gravura Brasileira

Local

  • Local: Galeria Gravura Brasileira
  • Evento Online: Não
  • Endereço: Rua Ásia, 219

A Galeria Gravura Brasileira convida para a abertura da exposição


Lena Bergstein


gravuras e pinturas



No dia 5 de julho abro a exposição "Lena Bergstein" com pinturas e gravuras recentes.


Galáxias é o nome da série de 12 telas que serão apresentadas na exposição. 


As telas expostas são todas pintadas em tinta acrílica com algumas intervenções de oxidações e são como um firmamento que olhamos à noite com estrelas que resplandecem e brilham, circundadas de uma densa escuridão.          


Essas telas possuem uma grande interação organizando-se em sistemas múltiplos e sistemas de trocas em uma intersecção de estrelas e de poeira estelar como um catálogo de objetos difusos.


Nas gravuras trabalho com oxidações em folhas de ouro e cobre.  O processo das oxidações é aleatório. Acontece e surge sem previsão e sem projeto. A oxidação desfaz as folhas de metal, rasga suas bordas e se fragmenta deixando na superfície do papel um quase nada trabalhado. Ao se repetir o processo, as cores e marcas vão se sobrepondo e se somando, adensando os traços, os grafismos e a pigmentação com seus esverdeados, dourados e amarronzados.


Os trabalhos expostos são como páginas onde a escrita se mostra na sua conjugação com o desenho trazendo até nós a memória de um tempo de origem, quando desenho e escrita eram uma só coisa. 


São escritas, riscos, rabiscos, traços e pequenas figuras geométricas, enfatizando sempre o caráter gráfico do trabalho, na superposição de pintura/desenho e escrita.


Lena Bergstein

junho 2025



"Ut pictura poesis." ["Assim como a pintura, a poesia."]

Horácio, Arte poética

 


"A poesia e o desenho são irmã e irmão, como você sabe, assim como as palavras e as cores."

Orhan Pamuk, Meu nome é vermelho



Galáxias


No céu, o firmamento: rutilam palavras, figuras, riscos e rabiscos transmutados em matéria cósmica, poeira luminescente, que brilhantes volteiam etéreas na noite ultramarina. No céu, a presença da passagem dos tempos, onde muitos buscam a origem da potência da Obra.


Adentrando no lusco-fusco anilado saltam poeira e matéria cósmica, modificados num vocabulário de frases, geometrias e inúmeros fragmentos gráficos desenhados na superfície das telas.


A lógica da Obra está no enigma destas passagens: paisagem sem horizonte, ausente de perspectiva, superfície vibrante. Aqui temos distintos elementos sinalizadores de sentido. Lena nos oferece páramos, lugares, caminhos, atalhos, evocando no percurso visual seus escritores preferidos, como Giorgio Agamben, o poeta Mahmud Darwich, Osip Mandelstam e outros, cujas vozes se conectam em suas contradições. Desta forma, seus desenhos, suas colagens, sua pintura e sua escrita, como escolhas técnicas, tecem sua linguagem de artista, conjugada em um pensamento plástico que explora a manifestação poética única e pessoal de sua visão do mundo.


A partir de uma prática artística elaborada e de uma linguagem repleta de sensibilidade, vemos em seus trabalhos "interações de sistemas múltiplos, sistemas de trocas", segundo Lena, onde cada signo, cada sinal gráfico, objetiva novas significações e assim reescreve a origem, o tempo e o cosmo azul em outros parâmetros de significados. Cabe a nós interpretar os sentidos de sua arte.


O uso da escrita na forma caligráfica com suas aparições fantasmáticas e outros signos repercutem como uma voz constante que celebra a intertextualidade das linguagens.


 

Palimpsestos


As gravuras apresentadas oferecem palimpsestos, similares aos antigos pergaminhos, onde a matéria metálica é dilacerada pela oxidação. As folhas de ouro e tinta mineral fundem-se e, na aleatoriedade, originam na superfície do papel marcas, registros, palavras avulsas, ferimentos, grafismos; com a pigmentação verdejante, ganham vida poética.


Estamos diante de um processo alquímico de mutações gráficas, de uma experiência química cara aos processos de gravação no metal. Aqui, não no cobre, por exemplo, mas no papel, fibras orgânicas sensíveis que transmutam o ouro e outros elementos num inusitado processo de destruição e de construção no pensamento gráfico.


Rasgam-se as bordas do papel, fragmentam-se suas partes: eis a gravura em uma nova forma.


Feres Lourenço Khoury

Professor Livre-Docente – FAUUSP

Artista plástico



Serviço


Abertura

5 de julho de 2025, sábado, 13 - 17h


Conversa com a artista

26 de julho, sábado, 11 - 13 h


Visitação

até 23 de agosto de 2025 


Galeria Gravura Brasileira

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+55.11.3624.0301 I + 55.11.98258.9842 I whts: +55.11.993859655

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