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Exposição “Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena da primeira constituição brasileira”
Exposição

Exposição “Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena da primeira constituição brasileira”

Exposição

  • Nome: Exposição “Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena da primeira constituição brasileira”
  • Abertura: 16 de março 2024
  • Visitação: até 22 de junho 2024

Local

  • Local: Casa Zalszupin
  • Evento Online: Não
  • Endereço: R. Dr. Antônio Carlos de Assunção, 138 - Jardim America, São Paulo - SP

Modernismos de raiz afro-brasileira e indígena ganham luz em mostra na Casa Zalszupin

Com curadoria de Lilia Moritz Schwarcz, "Direito à Memória" pretende reparar e ocupar a casa modernista projetada na década de 1960 com a proposta de diálogo entre a tradição e o contemporâneo 


De 16 de março a 22 de junho, a Casa Zalszupin, localizada no bairro do Jardim Paulistano, em São Paulo, receberá obras selecionadas pela curadora Lilia Moritz Schwarcz para a exposição "Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena em debate com o modernismo". Dentre eles estão:  Agnaldo dos Santos, Artur Pereira, Aurelino dos Santos, Ayrson Heráclito, Daiara Tukano, Flavio Cerqueira, Gê Viana, Genaro de Carvalho, Gustavo Caboco, Heitor dos Prazeres, Iêda Jardim, J. Cunha, Jaider Esbell, Jayme Figura, José Adário dos Santos, Lidia Lisbôa, Madalena dos Santos Reinbolt, Márcio Vasconcelos, Maria Auxiliadora, Mestre Didi, Miguel dos Santos, Nadia Taquary, Paulo Pires, Rubem Valentim, Sidney Amaral, Silvana Mendes, Sonia Gomes e Zimar.



O objetivo é "colocar em diálogo a tradição e o contemporâneo, afastando classificações próprias do cânone artístico ainda muito eurocêntrico, que jogou para o lugar do "artesanato", ou da "arte popular e naîve", toda uma produção que explode na sua brasilidade e qualidade, desafiando o conceito mais estabilizado de modernismo. Ela pede pelo plural: modernismos", diz a curadora.



No ano em que se completam 200 anos da primeira Constituição Brasileira, a mostra reflexa e tensiona a própria gênese de um país historicamente socializado por uma ordem colonial, branca, masculina, europeia e, por demais, vinculada às elites econômicas, e que, reservou às populações negras, indígena e às artistas mulheres um lugar de silêncio: secundário.



Esta exposição pretende, assim, homenagear artistas que durante muito tempo ficaram fora dos espaços consagrados dos museus e das grandes  exposições, e trazer para uma casa modernista, icônica e simbólica, como esta, do arquiteto e designer polonês radicado no Brasil, Jorge Zalszupin, uma produção que dialoga com o local – com suas formas, seus materiais, seu jardim – assim como faz uma referência à decoração original do imóvel.



Zalszupin viveu durante 60 anos nesse endereço, que foi decorado e projetado por ele, com uma arquitetura modernista que dá lugar a  espaços que acolhem, e a um jardim que invade a casa, sendo difícil separar o dentro do fora: o externo do interno. "Nela vemos se estabelecer uma conversa equilibrada entre o piso de cerâmica rústica, com a parede rugosa, uma superfície de pedra em diálogo  com a escada vazada pelos degraus de jacarandá, vidros coloridos nas janelas disputando espaço com o concreto, o qual, por sua vez, resolve e estrutura tudo", escreve a curadora.



E ainda complementa: "Pois bem, inspirada por esse ambiente modernista proponho incluir outros modernismos para habitar provisoriamente  esta Casa. Os modernismos de raiz afro-brasileira e indígena. Nessa refundação, o áspero do concreto disputará espaço com o traçado forte da arte inspirada nos orixás; as pedras com os monumentos feitos com o mesmo material ou terminados com a cerâmica, o barro e o bronze; as formas que descrevem uma reta tensa em bate papo com os motivos mais arredondados das artes indígenas e de seus encantados".



Artistas
Obras de Agnaldo dos Santos, Antônio Oloxedê, Artur Pereira, Aurelino dos Santos, Ayrson Heráclito, Daiara Tukano, Ex-votos, Francisco Brennand, Gê Viana, Genaro de Carvalho, Gustavo Caboco, Heitor dos Prazeres, Iêda Jardim, J. Cunha, Jaider Esbell, Jayme Figura, José Adário dos Santos, LidiaLisbôa, Madalena dos Santos Reinbolt, Márcio Vasconcelos, Maria Auxiliadora, Mestre Didi, Miguel dos Santos, Montez Magno, Nadia Taquary, Paulo Pires, Rubem Valentim, Sidney Amaral, Silvana Mendes, Sonia Gomes e Zimar.



Sobre a curadora

Lilia Moritz Schwarcz é professora sênior do Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar (até 2018) e atualmente é Visiting Professor  em Princeton. Publicou vários livros como: Retrato em branco e negro (1987) , Espetáculo das raças (1993), As Barbas do Imperador (1998); A longa viagem da biblioteca dos reis (2002) , O sol do Brasil (2008); Brasil uma biografia (com Heloisa Starling, 2015),  Um enigma chamado Brasil (com André Botelho), Dicionário da escravidão e da Liberdade (com Flavio Gomes), 2018; Lima Barreto triste visionário (2018); Sobre o autoritarismo no Brasil (2019), Bailarina da morte: a gripe espanhola de 1918, com Heloísa Starling  (2020), Enciclopédia Negra (com Flávio Gomes e Jaime Lauriano (2021), O sequestro da independência(2022), com Lúcia Stumpf e Carlos Lima), O sequestrador de Almas, com Dalton Paula (2023) e publicou uma série de catálogos ligados as exposições que curou. Recebeu  prêmios literários como o Jabuti (oito vezes), o prêmio APCA (três vezes), o prêmio Biblioteca Nacional e o prêmio da Anpocsde livro do ano em 2019. Foi curadora de exposições como: A longa viagem da biblioteca dos reis (2006), Nicolas-Antoine Taunay: uma  tradução francesa dos trópicos (2008), Uma história do Brasil (2013), Histórias mestiças (2014), Histórias da infância (2016), Histórias afro-atlânticas, com Adriano Pedrosa, Ayrson Hieráclito, Helio Menezes e Tomás Toledo, (2018), Histórias das Mulheres (2019),  Enciclopédia Negra (2021 e 2022), Dalton Paula, Retratos brasileiros (2022), O retrato do Brasil é preto: a obra de O Bastardo (2023), Brasil futuro as formas da democracia (2023). Teve bolsa da Guggenheim Foundation (2006/ 2007), e da John Carter Brown Library (2007) e da Humbold Foundation (2022-23). Foi Professora Visitante nas Universidades de Oxford, Leiden, Ècole, e Brown e Tinker Professor na Columbia University (2008). Recebeu a Comenda do Mérito Científico em 2010, é membro do American comitê do Humans right  watch, da Fundação Vladimir Herzog, do Museu da Linha Brasileira e do Conselho para o Desenvolvimento do governo Lula.



Sobre a Almeida & Dale Galeria de Arte

Fundada em 1998, a Almeida & Dale Galeria de Arte tornou-se, em mais de duas décadas de existência, uma das mais relevantes no Brasil, inserindo o trabalho e o legado de artistas brasileiros em importantes acervos, coleções e arquivos nacionais e internacionais. Entre eles: Willys de Castro, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Mestre Didi, Alberto da Veiga Guignard, Alfredo Volpi, Jandira Waters e Roberto Burle Marx. Nos últimos anos, com Antônio Almeida e Carlos Dale como diretores, a programação da galeria revisitou o trabalho de diversos expoentes de nossa arte, promovendo exposições retrospectivas, elaboradas por curadores convidados e produzidas com rigor museológico. Publicações amplamente reconhecidas pelo ineditismo e notoriedade dos ensaios acadêmicos e resgate de textos históricos acompanham as exposições. Recentemente, a Almeida & Dale realizou mostras individuais de artistas fundamentais no panorama histórico e crítico da arte brasileira, como Agnaldo Manuel dos Santos, Miriam Inez da Silva, Luiz Sacilotto e Sidney Amaral, contando com empréstimos de colecionadores e instituições, e estimulando o interesse da crítica no Brasil e no exterior. Junto com a promoção constante de exposições e publicações, a Almeida & Dale apoia projetos de preservação de obras de artistas brasileiros. Exemplo disso, está a representação do espólio de Luiz Sacilotto, destacado artista do movimento da arte concreta brasileira.



Sobre a ETEL

Um século de mobiliário brasileiro forma a Coleção Design. Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos, entre eles Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.



SERVIÇO
Exposição “Direito à memória: arte afro-brasileira e indígena da primeira constituição brasileira” 

Curadoria: Lilia Moritz Schwarcz

Casa Zalszupin

De 16 de março a 22 de junho
Terça à Sexta 10h30 às 18h
Sábados das 10h30 às 16h
R. Dr. Antônio Carlos de Assunção, 138
Jardim America, São Paulo - SP



Mais sobre a casa em casazalszupin.com

Visitas guiadas acontecem de hora em hora mediante agendamento no site

Grupos serão atendidos mediante agendamento via e-mail com, no mínimo, 15 dias de antecedência
E-mail: eventos@casazalszupin.com

Telefone: (11) 3064-1266



IMAGENS
Créditos à Ruy Teixeira




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