Besouro Mangangá

A obra busca representar a história de Manoel Henrique Pereira, conhecido como “Besouro Mangangá”, tem sua figura envolta por lendas e misticismos. Filho de ex-escravizados, era um homem preto, grande e forte que lutava contra injustiças e defendia os mais pobres da opressão dos poderosos. A origem de seu apelido possui duas versões: exímio capoeirista, iniciado por Mestre Alípio, era incrivelmente ágil em seus movimentos, assim como um besouro; lutando contra a opressão da polícia e se vendo cercado, o capoeirista teria simplesmente sumido criando-se a lenda de que teria se transformado em um besouro. Serviu ao exército, até ser expulso depois de se rebelar contra seus superiores pela apreensão de um berimbau, pois naquela época a capoeira era proibida. Besouro costumava presentear os amigos com penas de pavão arrancadas dos chapéus dos valentões do Recôncavo Baiano. Respeitado pelo povo e odiado pelos mais poderosos, Besouro tinha o “corpo fechado”, filho de Ogum, nenhuma arma tiraria sua vida, apenas uma faca de ‘tucum’ feita com madeira de uma árvore com poderes mágicos era capaz de lhe ferir. Assim, se deu a morte dessa figura, atacado covardemente pelas costas com um ‘tucum’, Besouro fez sua partida aos 27 anos, no dia 8 de julho de 1924. Porém, seu espírito segue vivo em toda roda de capoeira.