Patricia Borges
PATRICIA BORGES (Brasil, 1974) Fotógrafa e artista multimídia, usa experiências do campo da arte e da arquitetura para construir uma relação sensível com a matéria. Suas obras trazem noções de tempo, isolamento, rigor e fragilidade. Frequentemente associadas ao universo feminino. Nos últimos anos, passou a utilizar exclusivamente materiais adquiridos pela internet para compor instalações, fotografias e objetos - vários deles descartados após serem digitalizados, integrando sua pesquisa sobre a impermanência.
Graduada em arquitetura, com especializações em joalheria e cinema. Premiada nas bienais de arte de Florença e Roma. Nos últimos dez anos seu trabalho foi amplamente publicado e faz parte do acervo de dois museus. Exposições recentes incluem o 228e Salon des Artistes Français, Grand Palais (2018), Tokyo Art Fair (2018), Circuito de Arte Contemporânea de Curitiba (2019), Luxembourg Art Fair (2019), Photo Israel (2019), Society of Scottish Artists Annual Exhibition (2019 e 2021), Festival de Tiradentes (2020), Copenhagen Photo Festival (2020), Artexpo NY (2021), MAUC Fortaleza (2022), Instituro Ibere Camargo em Porto Alegre (2022), FotoRio (2022), Centro Cultural dos Correios (2023) e Solar dos Abacaxis (2023). Artista residente no Instinc ArtSpace de Singapura, de janeiro a março de 2024.
ARTIST STATEMENT
Minhas obras são filhas do calor, da umidade. Falam de um estado interno, um barulho interior, enquanto o silêncio se apresenta ao mundo exterior. Elas sussurram os absurdos de nossa era paradoxal e ambígua. Me interessam os estados transitivos e a noção de incompletude, o desconforto causado por nossa percepção opaca da realidade. Habito ali onde nem tudo é visto, mas lá está - ou esteve. O raciocínio parte frequentemente do processo de revelação da fotografia analógica: é químico, é limite. Fisicamente, o mesmo espectro UV que utilizei nos processos de oxidação e corrosão, continuará a atuar sobre a obra, afastando-a em fidelidade de sua versão digitalizada. Através da minha prática pesquiso de forma recorrente a insubordinação da matéria às ações climáticas.
***OBRAS ÚNICAS***
Por: Patricia Borges